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Mario Kart World é o auge caótico da clássica franquia de corrida da Nintendo 244613

Mais corredores, pistas maiores e atenção aos mínimos detalhes fazem do principal jogo do Switch 2 uma verdadeira alegria 3c5k2u

6 jun 2025 - 12h41
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Mario Kart World
Mario Kart World
Foto: Divulgação / Nintendo / Rolling Stone Brasil

Há algo de especial em uma partida de Mario Kart. Mesmo após mais de 30 anos de versões e evoluções, a essência básica do jogo continua praticamente a mesma — e não precisa mudar. Seja empilhado no chão do quarto em frente a uma velha TV de tubo ou, agora, conversando ao vivo com os amigos via Zoom dentro do próprio jogo, a alegria de correr de kart com os amigos continua sendo atemporal. 1k5u36

Mas quando se trata de Nintendo, há uma habilidade única de mudar as coisas na medida certa para transformar terrenos já conhecidos em algo novo. Embora o Switch 2, seu novo console, não seja exatamente o mais ambicioso da empresa, seu título principal certamente é. Com Mario Kart World, a empresabusca realizar ideias que os desenvolvedores guardavam há um bom tempo, criando um jogo maior e mais caótico do que nunca — sem deixar de lado os pequenos detalhes que dão alma à franquia.

Por mais que os mais cínicos possam facilmente descartá-lo como uma variação de mais do mesmo, ou um desvio de rota em vez de um grande lançamento essencial para o novo console, Mario Kart World personifica tudo o que há de melhor na Nintendo. É um jogo com sistemas precisos, profundidade camuflada e um senso de fantasia inesgotável — que promete longevidade. Talvez seja até o melhor da série.

Um mundo totalmente novo 3ei2v

Desde o início, a adição mais evidente à fórmula clássica de Mario Kart está no nome: um mundo interconectado em grande escala. Historicamente, os jogos da série colocam os jogadores para disputar algumas corridas selecionadas em uma copa, e isso ainda existe na nova versão, em vários modos. Mas, agora, cada pista está integrada em um mapa-múndi totalmente explorável. No modo Free Roam (Exploração Livre), ível diretamente do menu principal (ainda que separado como se fosse uma experiência mais alternativa), os jogadores podem escolher entre dezenas de personagens e sair explorando o terreno livremente.

No começo, a sensação é estranha — sair da pista parece ir contra a proposta tradicional e bem definida de Mario Kart. Mas, ao cortar caminho pelas estradas secundárias e colinas, os jogadores descobrem que há muito a explorar. Todas as pistas do jogo estão completamente íveis para dirigir livremente, permitindo procurar colecionáveis (são centenas) e caminhos alternativos que podem ser úteis mais tarde nas corridas. Também há os clássicos botões P (de novo, centenas), que ativam missões curtas e cronometradas — como coletar moedas ou desviar de inimigos — que ajudam a desenvolver habilidades e familiarizar o jogador com o mundo.

O mundo, em si, é vibrante, ainda que não exatamente denso. Carros de NPCs circulam pelo mapa sem representar perigo, e não há consequências ao colidir com outros veículos ou pessoas (nada de GTA aqui). Jogadores acostumados com mundos abertos mais complexos podem achar o modo Free Roam um pouco vazio, mas as missões espalhadas se conectam de forma fluida — uma quase sempre leva à próxima, com mais botões P surgindo no horizonte após cada desafio concluído. É fácil se perder numa sequência de tarefas de forma natural, até que algo chama a atenção, como um novo ícone de fantasia, uma medalha da Peach ou uma alavanca secreta a ser descoberta.

As regiões interconectadas seguem a clássica filosofia de design da Nintendo, que remonta a Super Mario Bros. 3 e, especialmente, a Super Mario World, do SNES: cada área tem sua própria geografia temática (zonas nevadas, desertos, vulcões etc.), e abriga cerca de quatro pistas que mantêm essa identidade. No modo Grand Prix, ao escolher uma copa de quatro corridas, o jogador, na prática, seleciona uma região temática para atravessar, com todos os circuitos apresentando uma continuidade ambiental. Mesmo quando você não está explorando sozinho o mundo aberto, ele está presente em quase todos os aspectos do jogo.

Um baú cheio de conteúdo 4l2ww

Fora do modo Free Roam, Mario Kart World entrega todos os modos consagrados da franquia. O Grand Prix continua como uma série de quatro corridas, com três níveis de dificuldade (e velocidades crescentes), mas agora as copas têm temáticas claras, o que dá uma sensação de maior coesão. Ao escolher, por exemplo, a Flower Cup, o jogador percorre um trajeto que começa no deserto (Desert Hills, a pelo também arenoso Shy Guy Bazaar, avança para o estilo rally de Wario Stadium e termina na elevada Airship Fortress, flutuando pelos céus.

Não é uma regra rígida — algumas pistas ainda surgem com mudanças de cenário inesperadas —, mas a curadoria funciona bem: deixa de ser uma mistura aleatória de circuitos para se tornar uma jornada de A a D, com propósito e ritmo.

O elemento de jornada brilha especialmente no Knockout Tour, a versão battle royale de corrida do jogo. Nesse modo, 24 jogadores competem em uma sequência de quatro a seis pistas totalmente interconectadas. Enquanto o Grand Prix faz pausas entre as corridas para mostrar os resultados, o Knockout Tour é uma corrida mortal contínua, quase sem respiro — uma maratona entre pistas onde os competidores seguem acelerando com apenas um breve intervalo antes da próxima rodada.

Para quem gosta da adrenalina de uma experiência intensa em Mario Kart, o Knockout Tour é o auge do conceito. Como em todo battle royale, o jogador precisa se manter nas primeiras colocações — quem fica abaixo da linha de corte é eliminado da partida. Mario Kart sempre brilhou quando amigos disputam acirradamente o primeiro lugar, mas aqui, com o risco real de uma única curva errada te tirar do jogo, a tensão vai lá em cima. Vencer a taça depois de escapar por um triz durante uma sessão de 20 minutos entrega a mesma adrenalina dos tempos áureos de Fortnite, só que amplificada pela ausência de pausas. Se você é aquele amigo que grita a cada corrida de Mario Kart, esse modo vai te deixar sem voz.

Além das corridas em grupo, o jogo também oferece os modos clássicos como Time Trials (Corrida Contra o Tempo) e VS Race, que pode ser jogado solo ou em multijogador. No VS, é possível configurar regras personalizadas, como os tipos de itens disponíveis e a escolha livre de pistas. Há também os modos de Batalha como Coin Runners e Balloon Battle, que continuam sendo os favoritos dos jogadores que não conseguem se destacar nas corridas. Com até 24 jogadores (o dobro do limite anterior), os mapas de batalha foram ampliados, mas continuam tão frenéticos quanto sempre foram.

O capricho nos detalhes 44c1v

Apesar da vasta quantidade de conteúdo, talvez o melhor aspecto de Mario Kart World esteja nos detalhes. Com 50 personagens jogáveis (em comparação aos 42 do último jogo), incluindo os clássicos Mario, Luigi e Peach, o elenco agora conta com figuras absurdas e inesperadas do universo Mario — inclusive personagens secundários que antes eram apenas figurantes. Agora você pode correr com o pinguim do Mario 64 ou com o Sidestepper, um caranguejinho minúsculo, todos animados com uma personalidade única.

Em 2025, animações vivas de personagens não deveriam mais impressionar tanto, mas desde a tela de seleção até a corrida em si, cada piloto transborda carisma. É fácil se pegar assistindo o enorme Wiggler dançando como o Carlton (Fresh Prince) ou o Monty Mole batucando alegremente na barriga enquanto ela balança. Detalhes assim fazem Mario Kart World parecer moderno de forma sutil — mesmo que os gráficos não sejam ultrarrealistas. A Nintendo entende que mostrar o poder de seu novo console não depende de alcançar o realismo absoluto, mas sim de tornar o mundo do jogo ainda mais mágico e encantador.

O nível de detalhamento também tem um impacto direto em como Mario Kart World realmente funciona. Com o aumento da potência dos karts, o jogo ganhou física mais complexa e novas possibilidades dentro das corridas. Enquanto os títulos anteriores dependiam muito da memorização das pistas e da direção precisa em cada curva, agora existem muitas outras formas de alcançar os adversários e assumir a dianteira.

Como em Mario Kart 8, executar uma provocação (taunt) com o botão de drift no topo de uma rampa concede um leve impulso de velocidade. Mas agora, com a introdução do Charge Jump (usando o mesmo botão em trechos retos), é possível pular para cima de trilhos, fios elétricos ou muros para deslizar lateralmente. Deslizar em trilhos oferece um boost — que pode ser renovado com uma nova provocação — criando sequências que mantêm o jogador em alta velocidade. Pequenas oportunidades surgem o tempo todo: ondas fortes na água, por exemplo, podem levantar seu kart só o suficiente para permitir um impulso extra, e jogadores atentos podem encadear essas ações para atravessar áreas que, de outra forma, seriam mais lentas.

As pistas foram ampliadas para comportar os corredores, mas isso também gera trechos abertos onde tanta coisa acontece ao mesmo tempo que fica difícil acompanhar tudo. Pequenos "conflitos paralelos" surgem nos cantos do mapa — como minibatidas em campos cobertos por tempestades de areia — enquanto você pode estar tranquilamente moendo um grind na lateral da pista. Isso tudo contribui para a sensação de que cada corrida é cheia de elementos emergentes, mesmo que muitos dos obstáculos ainda sejam roteirizados. O modo como 24 pessoas reagem em tempo real é o que mantém cada disputa única.

Teria sido fácil para a Nintendo lançar um Mario Kart 9 mais conservador, preso às raízes lineares da série. Mas ao se apoiar no que já funciona — e elevar ao máximo o que os fãs mais amam: ibilidade, carisma e caos — Mario Kart World acaba se tornando um dos pontos altos da franquia. É um jogo que tem tudo para dominar o tempo nas TVs de sala de estar ou nos bancos traseiros dos carros por muitos anos.

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