Por que os Beatles acabaram, segundo Mick Jagger 2k3l28
Vocalista dos Rolling Stones oferece uma explicação simples, mas plausível sobre o término da banda encabeçada por John Lennon e Paul McCartney t4zy
Instigado a especular sobre o fim dos Beatles durante uma entrevista de 1995 à Rolling Stone EUA, Mick Jagger ofereceu uma explicação simples. Ainda assim, plausível. 4f3p1k
Nada de Yoko Ono, disputas financeiras ou grandes divergências musicais. Na análise do vocalista dos Rolling Stones, a separação se deu por conta de uma espécie de batalha de personalidades entre John Lennon e Paul McCartney.
Jagger deixou claro que não era tão próximo de nenhum deles a ponto de poder cravar o motivo. Todavia, refletiu que o gênio forte dos dois, cedo ou tarde, levaria à ruptura — o que acabou acontecendo em 1970.
O cantor disse:
"Eu os conheço superficialmente, assim como você, provavelmente, e talvez você conhecesse John melhor no final. Posso arriscar um palpite de que ambos tinham personalidades bastante fortes e se sentiam totalmente independentes. Pareciam muito competitivos em relação à liderança da banda."
Essa concorrência interna, segundo Jagger, fatalmente inviabilizou a continuação dos Beatles a partir do momento em que as opiniões e decisões ficaram inconciliáveis:
"Se há 10 coisas, os dois queriam ficar no comando de nove delas. Você não vai fazer um relacionamento desses dar certo, vai?"
Como membro de uma banda tida como "adversária" dos Beatles, Mick Jagger poderia até querer o pior para os Fab Four. Não foi o caso — até porque os Stones tinham boa relação com os colegas de Liverpool.
Mick Jagger alertou os Beatles sobre empresário 11703b
No livro Paul McCartney: Many Years From Now (1997), de Barry Miles, Paul McCartney contou que o vocalista dos Stones chegou a alertar os Beatles sobre o controverso empresário Allen Klein. Ele ocupou a vaga deixada pelo falecido Brian Epstein nos três últimos anos da carreira da banda.
Macca comenta:
"Nós, os Beatles, estávamos todos reunidos na grande sala de reuniões e perguntamos a Mick como era Klein. Ele disse: 'Bem, se você gosta desse tipo de coisa, ele serve.' Não disse: 'Ele é um ladrão', embora Klein já o tivesse arrancado todos os direitos autorais (dos Stones) naquela época."
Paul desejava ter Lee Eastman, pai de sua futura esposa, Linda, como empresário dos Beatles após a morte de Brian Epstein. No entanto, foi voto vencido perante os demais integrantes. Allen Klein assumiu o posto e nele permaneceu até os dias finais da banda.
A decisão de manter Klein se mostrou equivocada. No curto prazo, o empresário adotava boas táticas: enfrentava as gravadoras e aumentava os lucros dos músicos ao renegociar os contratos. Todavia, ele acabava ficando com os direitos das músicas ao assumir, com sua empresa, a responsabilidade de prensar os discos e vendê-los aos selos artísticos.
Paul McCartney decidiu processar os Beatles, logo após o fim das atividades, justamente com o intuito de evitar que Allen Klein ficasse com os direitos das canções do grupo. Em entrevistas, ele conta que jamais teria sido possível lançar materiais como Anthology e o documentário The Beatles: Get Back, além de novas versões dos discos, sem tomar essa atitude.
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