Veja 6 motivos para o Brasil surpreender os EUA na Davis 6d1k1y

Fora do Grupo Mundial da Copa Davis desde a época de Gustavo Kuerten, o Brasil voltará à elite da competição após dez anos de ausência entre 1º e 3 de fevereiro de 2013. Nessas datas ocorrerá o confronto de oitavas de final contra os Estados Unidos na Jacksonville Veterans Memorial Arena, ginásio com capacidade para 15 mil espectadores em Jacksonville, a cidade mais populosa da Flórida. Atuando em uma quadra dura coberta na casa do maior campeão da história da Davis, os brasileiros reconhecem o favoritismo dos americanos, mas tentam surpreender. Confira seis motivos que fazem acreditar nas chances da equipe nacional:

Retrospecto contra irmãos Bryan
Os irmãos gêmeos Mike e Bob Bryan formam uma das maiores duplas da história do tênis e acabam de conquistar, no Aberto da Austrália de 2013, o 13º Grand Slam da carreira, um recorde. Os americanos, no entanto, têm retrospecto negativo quando enfrentam os brasileiros Bruno Soares e Marcelo Melo. Os mineiros jogaram contra os rivais três vezes pelo circuito profissional e venceram duas (na primeira rodada do ATP 500 de Washington de 2011, em quadra dura descoberta; e na segunda rodada de Roland Garros de 2010, em saibro descoberto). A única derrota veio na semifinal ATP 500 de Valencia de 2011, em quadra dura coberta
 

Isner volta de lesão

O tenista de melhor ranking de simples do confronto é o americano John Isner (foto), número 16 do mundo. O gigante de 2,06 m, porém, suscita dúvidas quanto ao ritmo de jogo visto que desistiu do último Aberto da Austrália devido a uma lesão no joelho. Sua última partida oficial ocorreu em 9 de janeiro, quando foi derrotado por duplo 6/4 pelo compatriota Ryan Harrison na estreia no ATP 250 de Sydney. Harrison, 57º colocado da ATP, não foi convocado para enfrentar o Brasil qn5q

Bellucci vem embalado na Davis

As esperanças do Brasil no confronto am por vitórias de Thomaz Bellucci. Número 36 do mundo e 1 do País, ele vem de quatro êxitos consecutivos na Copa Davis (dois contra a Rússia e dois contra a Colômbia), todos conquistados em 2012. Na competição, o tenista tem retrospecto de 13 vitórias e sete derrotas em simples, sendo que nunca atuou pelo Grupo Mundial. No circuito, sua trajetória é marcada pela irregularidade, mas ele costuma crescer contra adversários difíceis, tendo batido Andy Murray uma vez e tirado sets de Novak Djokovic e Roger Federer. Contra Isner, Bellucci tem retrospecto de uma vitória (saibro de Roma 2010) e uma derrota (quadra dura de Auckland 2009); contra Sam Querrey, o confronto será inédito

Fator franco-atirador

Capitão do Brasil na Copa Davis, João Zwetsch ite o favoritismo dos EUA no confronto fora de casa e fala em surpreender. Bellucci, por sua vez, diz que "é sempre mais fácil jogar como zebra do que como favorito" e lembra o duelo contra a Rússia em 2011 para ressaltar que a pressão pode atrapalhar o time da casa. Na ocasião, o time verde e amarelo visitou um adversário tradicional em Kazan, onde Bellucci perdeu dois match points contra Mikhail Youzhny (foto) para liquidar a série. Ao final, o russo virou a partida e comandou a vitória de seu país no duelo por 3 a 2, o que manteve o Brasil por mais um ano longe do Grupo Mundial

Entressafra americana

Maiores campeões da Copa Davis com 32 títulos na história, os EUA só triunfaram quatro vezes no torneio desde 1990 e vivem período de entressafra no tênis masculino. Embora tenha a melhor dupla do mundo, o país não conta com Andy Roddick (foto, ex-número 1 do planeta que anunciou a aposentadoria em 2012) e Mardy Fish (ex-top 10 que está afastado das quadras por problemas no coração). O mês de maio de 2011 marcou a primeira vez na história que os americanos não tiveram nenhum homem entre os dez melhores do ranking da ATP, criado em 1973

Inexperiência dos jogadores americanos
Sem Roddick e Fish, a equipe americana vive fase de renovação na Copa Davis. Ex-número 1 do mundo, Jim Courier estreou como capitão na temporada ada e levou o time à semifinal comandado por jogadores inexperientes em simples, ainda que localizados no top 20 do ranking: Isner, 27 anos, só disputou seis confrontos diferentes pelo torneio (retrospecto cinco vitórias e cinco derrotas); Querrey (foto), 25 anos, só disputou quatro (uma vitória e cinco derrotas). Bellucci representou o Brasil em 11 diferentes duelos (13 vitórias e sete derrotas). Em compensação, Thiago Alves é quase um novato no torneio e enfrentou apenas a Croácia pela repescagem, em 2008, tendo perdido os dois jogos que realizou