O Movimento e Livre (MPL) disse nesta sexta-feira que a declaração de um comandante da Polícia Militar de São Paulo, que atribui ao MPL a responsabilidade pela depredação de agências bancárias e concessionárias na manifestação desta quinta, é uma “tentativa de criminalizar o movimento”. 2w3513
Ato organizado pelo Movimento e Livre (MPL) na última quinta-feira terminou com atos de vandalismo e depredações. Uma concessionária da Mercedes-Benz, que fica na região da Marginal Pinheiros, foi totalmente destruída e teve os dez carros expostos danificados
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Manifestação foi marcada pelos ataques a agências bancárias e concessionárias
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Um dos alvos foi uma autorizada Mercedes-Benz, que fica na Marginal Pinheiros
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Black Blocs atacaram veículos com pedradas
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Manifestantes do MPL tentaram conter, em vão, o ataque a uma agência bancária
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
Fachada da concessionária foi completamente destruída
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Manifestação, que era pacífica, teve depredações, barricadas e pichações
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press
Após a destruição de diversos carros, protestantes bloquearam a Marginal Pinheiros
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Os dez carros em exposição na concessionária foram danificados
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Prejuízo foi estimado em mais de R$ 3 milhões. Além dos veículos, os computadores da loja também foram destruídos
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
O Mercedes-Benz divisão AMG destruído tinha preço de R$ 599.900,00
Foto: Janaina Garcia / Terra
Manhã de sexta-feira na concessionária foi de avaliação dos prejuízos
Foto: Janaina Garcia / Terra
Entre os modelos destruídos, há carros de R$ 120 mil a R$ 600 mil
Foto: Janaina Garcia / Terra
Até os móveis da revenda foram virados e danificados
Foto: Janaina Garcia / Terra
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O comandante do policiamento na capital, coronel Leonardo Torres Pinheiro, disse que a polícia não agiu para conter os atos de vandalismo porque havia feito um acordo com o MPL para acompanhar o protesto à distância, por meio de um documento enviado ao secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella. Nesse documento, o MPL dizia que a “presença ostensiva da PM” causava “preocupação”, uma vez que contribuía para o aumento da tensão entre policiais e manifestantes, e que entendia, por fim, que “os movimentos sociais devem ter autonomia para promover sua própria segurança”.
“A PM sempre justifica essa presença ostensiva com o argumento de que é para proteger manifestante. Então, o que a gente quis dizer na carta é que a segurança dos manifestantes a gente pode garantir”, afirmou Mariana Toledo, 28, uma das integrantes do MPL. “Acreditamos, sim, que (a acusação da PM) é uma forma de criminalizar e ferir a imagem do movimento. Vamos tentar reverter isso e mostrar que somos um movimento sério, que batalha por um transporte público de qualidade”, continuou.
O protesto pela tarifa zero, que também comemorava o aniversário de um ano da derrubada dos 20 centavos da tarifa do transporte público em várias cidades do país, saiu por volta das 16h20 da avenida Paulista em direção à marginal Pinheiros. Embora os atos de vandalismo tenham começado já na avenida Rebouças, quando mascarados depredaram agências bancárias, a PM se manteve distante durante todo o percurso e só apareceu por volta das 19h10, quando o grupo já havia dispersado pelas ruas do bairro de Pinheiros após destruir uma concessionária da Mercedes-Benz na marginal. Ninguém foi preso.
Hoje, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que era “dever da polícia” combater os atos de vandalismo. "Uma coisa é manifestação, que deve ser respeitada, outra coisa é vandalismo, depredação, ação criminosa de mascarados, coisa que deve ser combatida e é dever da polícia fazer isso. Tem câmeras de vídeo e alguns (vândalos) dá para identificar. Então o mais rápido possível devemos prender esses criminosos", afirmou.
Mascarados
Durante os protestos, os integrantes do MPL pedem calma aos manifestantes e tentam impedir que atos de vandalismo se concretizem. Na manifestação de ontem, a reportagem do Terra presenciou esse tipo de conduta mais de uma vez. A resposta dos mascarados, no entanto, nem sempre era satisfatória. “Quer abraçar banqueiro">
Sr. Secretário de Segurança Pública de São Paulo
Fernando Grella
Ref: ato do MPL-SP por tarifa zero no dia 19 de junho
O Movimento e Livre – São Paulo vem por meio deste informar sobre o trajeto e as disposições da manifestação que será realizada no dia 19 de junho, com concentração marcada para as 15h na Praça do Ciclista, esquina da av. Paulista com a r. Consolação.
O ato seguirá pela av. Rebouças até a marginal Pinheiros, onde, próximo a estação Pinheiros do metrô, realizaremos uma festa popular de ocupação da via. A proposta do ato é se colocar como uma contraposição lúdica à realização da Copa do Mundo no país, combater a priorização pelo transporte individual pelo poder público e defender a tarifa zero no transporte coletivo.
Sendo assim, o ato tem esse trajeto e essa proposta pré-definida e não serão modificados, não há qualquer disposição dos organizadores da manifestação em levar a marcha para as áreas de exceção da FIFA, seja o estádio seja as “fan fests”. A organização da manifestação conta com comissão de seguranças que orientará os presentes em manter a proposta da manifestação.
Entendemos que a manifestação pretende promover uma ocupação lúdica da cidade e nos causa preocupação a presença ostensiva da PM de SP que tem impedido em atos recentes que as manifestações ocorram dentro das propostas de seus organizadores. Citamos como exemplo principal o ato do 15 de maio, organizado pelo Comitê Popular da Copa de São Paulo, que transcorria sem conflitos, até que provocações pela grande proximidade de manifestantes e policiais deflagrou uma brutal repressão e o fim da manifestação com menos de 15 minutos de ato.
Por isso, entendemos que os movimentos sociais devem ter autonomia para promover sua própria segurança. A disposição do MPL em manter uma manifestação como celebração pelo um ano da derrubada dos 20 centavos está aqui expressa.
Att,
Movimento e Livre - São Paulo
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Grupo reivindica transporte público gratuito
Foto: Alan Morici / Terra
Os carros tiveram vidros quebrados e lataria amassada. Um manifestante usou um extintor de incêndio para depredar
Foto: André Lucas Almeida / Futura Press
Manifestante sobe em carro danificado em concessionária
Foto: André Lucas Almeida / Futura Press
Bandeira de São Paulo é jogada em meio a cacos de porta de vidro de agência do Citibank
Foto: Débora Melo / Terra
Black blocs entraram e danificaram uma concessionária da Mercedes-Benz
Foto: André Lucas Almeida / Futura Press
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestação atrapalha trânsito em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
Tropa de choque trabalha para conter os manifestantes
Foto: Alan Morici / Terra
Choque enfrenta black blocs na noite desta quinta-feira
Foto: Alan Morici / Terra
Protesto bloqueou ruas e incendiou pneus em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
Black blocs invadiram concessionária paulista
Foto: Alan Morici / Terra
Paus e pedras foram utilizados para danificar os automóveis
Foto: Alan Morici / Terra
Carro apedrejado pelo grupo em loja da Mercedes-Benz
Foto: Alan Morici / Terra
Paus e pedras foram utilizados para danificar os automóveis
Foto: Alan Morici / Terra
Paus e pedras foram utilizados para danificar os automóveis
Foto: Alan Morici / Terra
Carros importados foram apedrejados
Foto: Alan Morici / Terra
Carros importados foram apedrejados
Foto: Alan Morici / Terra
Grupo reivindica transporte público gratuito
Foto: Alan Morici / Terra
Tropa de choque enfrenta manifestantes em São Paulo
Foto: Débora Melo / Terra
Grupo reivindica transporte público gratuito
Foto: Alan Morici / Terra
Jovem quebra porta de vidro do Citibank
Foto: Alan Morici / Terra
Protesto critica a realização da Copa do Mundo no País
Foto: Alan Morici / Terra
Agência bancária destruída na noite desta quinta-feira na capital paulista
Foto: Janaina Garcia / Terra
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Movimento e Livre promove eata neste momento em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes protestam em SP por tarifa zero no transporte
Foto: Alan Morici / Terra
Grupo reivindica transporte público gratuito
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestação está sendo realizada na avenida Paulista
Foto: Alan Morici / Terra
Protesto do mesmo grupo está previsto para ocorrer às 16h em Natal (RN)
Foto: Alan Morici / Terra
Manifestantes também criticam a realização da Copa do Mundo no Brasil