Há um século, ser analfabeto significava não saber ler ou escrever. Nos países desenvolvidos, esse problema agora é residual. Mas outro tipo de analfabetismo está surgindo. Mais sutil, mais difícil de detectar, com mais nuances e talvez tão decisivo quanto: não saber interagir com a IA. 4m6421
Essa nova alfabetização não se trata de saber programar ou entender como os modelos funcionam. É algo mais básico: saber fazer boas perguntas, saber ler as respostas e, acima de tudo, saber desconfiar. Não de forma paranoica, mas com critério. Distinguir quando estamos usando a IA... e quando a IA está nos usando.
É a diferença entre ser um usuário ivo da IA — alguém que engole sem mastigar — e usá-la como uma alavanca para o pensamento, como uma extensão da nossa capacidade de análise. Porque, bem utilizada, pode ser exatamente isso: um multiplicador cognitivo.
Uma enorme diferença está em jogo aí:
- Algumas pessoas usam esses sistemas como se fossem um Google vitaminado ou uma calculadora com esteroides. Ele faz uma pergunta, copia a resposta e pronto.
- Outras pessoas — cada vez mais — estão aprendendo a conversar com eles. A expandir seus limites. Para gerar ideias que nem a máquina sozinha nem eles sozinhos teriam sido capazes de produzir.
A chave não é a ferramenta, mas como você a usa. E para isso, é preciso ter conhecimento em IA.
A questão vai além de quem faz o quê com o ChatGPT. Sistemas como o Deep Research estão começando a automatizar tarefas que, até recentemente, ...
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