Diddy é acusado de rastrear ex-assistente e namorada p152x

Testemunha afirma que magnata confiscava celulares e usava rastreadores jwf

3 jun 2025 - 14h08
P. Diddy teria tentado arrombar casa de ex-mulher depois de espancá-la, diz jornal
P. Diddy teria tentado arrombar casa de ex-mulher depois de espancá-la, diz jornal
Foto: The Music Journal

As revelações que emergem do tribunal de Nova York sobre Sean "Diddy" Combs, 55 anos, seguem causando perplexidade. O icônico produtor musical, atualmente no centro de um caso que envolve acusações de tráfico sexual, extorsão e exploração, está sendo acusado de utilizar dispositivos de rastreamento e confiscar telefones de pessoas próximas para monitorá-las. 6b5xw

Na mais recente audiência, que marca a quarta semana do julgamento, uma ex-assistente pessoal, que depõe sob o pseudônimo de "Mia", voltou ao tribunal para mais um dia de testemunho contundente. Ela já havia prestado depoimento na quinta e sexta-feira da semana anterior e retornou nesta segunda-feira para responder aos novos questionamentos.

Mia relatou que, durante os oito anos em que trabalhou diretamente com Combs, ele frequentemente confiscava seu telefone pessoal, além de roubar com frequência os aparelhos da cantora Cassie Ventura, com quem manteve um relacionamento entre 2007 e 2018.

Segundo a ex-assistente, o comportamento controlador do artista não se limitava aos aparelhos: ele também teria instalado dispositivos de rastreamento no carro de Cassie, o que a deixou "apavorada".

"Ele roubava o telefone de Cassie muitas vezes, assim como fez comigo", relatou a testemunha. O depoimento sugere uma rotina de vigilância e intimidação que se estendia a quem circulava no entorno mais próximo de Combs.

Diddy: Controle psicológico teria perdurado mesmo após o fim do vínculo profissional x225h

Um dos momentos mais marcantes do depoimento aconteceu quando o advogado de defesa de Diddy, Brian Steel, buscou descredibilizar a ex-funcionária ao exibir mensagens de texto trocadas entre ela e o réu. A defesa destacou, por exemplo, uma mensagem de "boas festas" enviada por Mia a Combs, mesmo após o término da relação profissional, em 2017.

A resposta dela foi direta:

"Mesmo depois de sair, eu ainda estava psicologicamente sob o controle dele." A frase evidencia, segundo especialistas que acompanham o caso, como dinâmicas abusivas podem perdurar muito além do encerramento de um contrato ou de um relacionamento formal.

Mia também revelou ao tribunal que, enquanto trabalhava como assistente, recebeu de Diddy um telefone flip, utilizado, segundo ele, para que ela gravasse conteúdos. O aparelho teria sido, na prática, mais um instrumento de controle.

"Ele exigia que eu o utilizasse para filmar coisas para ele, até que contratasse cinegrafistas fixos", contou. Mas Mia foi categórica ao afirmar que não poderia, em hipótese alguma, registrar episódios em que o astro do hip hop teria se tornado violento.

O caso, que se tornou um dos mais midiáticos do ano, prossegue com novos desdobramentos e testemunhos esperados para os próximos dias. Diddy se declarou inocente de todas as acusações, enquanto sua equipe jurídica insiste que ele será plenamente absolvido.

O tribunal, por ora, segue sendo o palco de acusações graves, revelações surpreendentes e uma narrativa que promete impactar não apenas a trajetória do magnata da música, mas também a forma como a indústria encara questões de abuso de poder e privacidade.

The Music Journal Brazil
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