Na orla de Búzios há uma estátua de Brigitte Bardot. Ela parece irar o mar. A homenagem é justa: a atriz sa fez a vila de pescadores ganhar fama global quando ou temporadas ali na década de 1960. 3i3k4d
Diva do cinema, ela parou de filmar há 50 anos e virou lenda viva. Tornou-se militante da causa animal. Isolou-se numa propriedade em Saint-Tropez, no sul da França, de onde raramente sai. Vive sozinha.
Após 11 anos sem dar entrevista para um canal de TV, Bardot recebeu uma equipe da BFM em sua sala. O motivo? Fazer um apelo aos políticos de seu país, em especial ao presidente Emmanuel Macron.
“Eu quero a abolição da caça com cães. É um horror”, disse. “É absolutamente necessário que o governo francês concorde em me oferecer, após 50 anos de pedidos sem resposta, pelo menos esta vitória.”
A artista aproveitou para falar de finitude. “É minha última luta. Aos 90 anos, não vou fazer isso de novo em cinco ou dez anos. Esta é a luta final”, afirmou.
Na gravação com o jornalista Steven Bellery, ela voltou a criticar os movimentos de mulheres. “O feminismo não é para mim. Eu gosto muito de homens”, provocou.
Reiterou o apoio a colegas de profissão denunciados por abuso sexual, a exemplo de Gérard Depardieu, condenado dias atrás. “São pessoas com talento, ótimas, jogadas no poço.”
Perseguida pelos paparazzi até hoje, a musa refletiu sobre a falta de liberdade. “Eu sou prisioneira de mim mesma. Por toda a minha vida, eu não pude ir a um restaurante ou tomar um café numa varada”, disse.
“As pessoas me reconheciam e gritavam ‘venha ver, Brigitte Bardot está aqui’.” Questionada como se sente hoje, ela foi enfática. “Eu estou muito bem. Não adianta reclamar (da vida).”