Nayara Macedo, conhecida como Any Awuada, está presa na Cadeia Pública de Itaquaquecetuba, interior de São Paulo, após ter sido acusada de vender e fazer propaganda de perfumes e cosméticos falsificados. Ao Cidade Alerta (RecordTV), a influencer que diz ter tido um caso com Neymar mostrou as condições precárias em que está vivendo ao lado de outras carcerárias. A situação é de super lotação, falta de saneamento básico, presença de ratos e baratas, falta de camas e proibição de banhos de sol. 2c34h
As presas disseram o problema não está nos funcionários, mas sim na penitenciária de Itaquaquecetuba. Elas afirmam que as visitas de familiares são raras e não am de 10 minutos, que não podem conversar com os próprios advogados e que não possuem privacidade para receber ninguém. "Tem grávida que está até 30 dias aqui. Eu tô há 65 dias aqui dentro sem banho de sol, sem nada. Não tem privada, não tem chuveiro", denunciaram.
Penitenciária de Itaquaquecetuba já foi denunciada por tortura g6g2x
Em 2001, a Cadeia Pública de Itaquaquecetuba foi denunciada por práticas de tortura. O assunto foi abordado pelo diretor da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Roberto Maurício Genofre, durante seu depoimento à I do Sistema Prisional, que ocorreu em junho do ano seguinte.
Segundo o diretor, ele ficou sabendo sobre as denúncias ao receber um telefonema de uma jornalista do jornal Diário de S.Paulo: "Ela me disse que os presos eram encaminhados para aquele distrito sem nenhuma autorização, como uma espécie de castigo. Os presos transferidos para lá seriam espancados e torturados por outros presos chamados de 'galerias' -- justiceiros e autores de homicídios e estupros que não podem ficar nas celas junto com os outros presos. Os 'galerias' teriam assumido a direção disciplinar de Itaquaquecetuba".
Genofre disse, então, que procurou se informar sobre o caso. Foram abertas duas sindicâncias: uma em São Paulo, para entender a remoção dos presos para Itaquaquecetuba, e outra em Mogi das Cruzes para entender as denúncias de espancamento dentro da unidade prisional. Ele também disse ter conversado com alguns dos presos que alegaram as torturas.
Os 'galerias' 5sk6h
Em 1998, os presos já haviam feito um abaixo assinado denunciando as torturas dos 'galerias'. O chefe da gangue, Jesson, e outros quatro carcerários foram transferidos do distrito da Penha, em São Paulo para a Cadeia Pública de Itaquaquecetuba, onde teriam iniciado suas sessões de tortura no interior do estado. O grupo teria assumida a chefia da penitenciaria, cobrando para remover presos de volta para São Paulo. Outras denúncias dizem que os 'galerias' até mesmo tomaram o lugar dos polícias e faziam a escolta portando armas de fogo dos demais presos quando eles iam prestar depoimento no fórum.
