O São João de Caruaru movimenta a economia local ao transformar espaços como salões de beleza em lanchonetes e barracas, permitindo que moradores empreendam durante a festa com comidas típicas e outras atrações.
O São João de Caruaru é uma das maiores festas juninas do Brasil e transforma a cidade pernambucana em um verdadeiro mar de cores, sabores e tradições. É o momento em que a cultura nordestina ganha vida através das comidas típicas que atraem milhões de visitantes todos os anos. 4m4k5v
E todo bom caruaruense sabe que falar em comida típica é lembrar de milho, munguzá, pamonha e maçã do amor! Comidas que a empreendedora Ana Luíza produz e vende há mais de 10 anos em Caruaru.
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“É uma cultura aqui da cidade da gente: milho, canjica, pamonha, mungunzá e é uma beleza! Eu vendo durante todo o ano na frente da minha casa porque, como é uma comida típica daqui, nunca para de vender. O pessoal está sempre pedindo”, afirma a empreendedora.
Ana Luísa ainda destaca que o preparo dessas comidas em Caruaru é diferente. São comidas doces, uma vez que a maioria leva açúcar, leite e o milho puro. “É uma coisa gostosa, mas muito trabalhosa. A gente a o dia produzindo para vender à noite”.
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Mas o São João de Caruaru não é apenas uma festa de sabores. É também uma grande oportunidade de empreender, uma vez que muitos moradores aproveitam essa época para abrir barracas, utilizando a própria casa como ponto de apoio, ou transformando estabelecimentos comerciais que já existem.
Como é o caso das irmãs Maria Aparecida e Maria de Lourdes, aposentada e doméstica, respectivamente, elas aproveitam o ciclo junino para empreender e fazer uma grana extra: “Nos dias em que tem festa aqui no pátio, a gente abre nossa lanchonete aqui em frente ao salão da minha filha. Aí nós vendemos lanche, churrasco, água. E já fazemos isso há mais de 5 anos”, afirma Maria de Lourdes.
Segundo elas, dá pra fazer um bom dinheiro extra nesse período, aproveitando um ponto comercial que já existe. “Durante o dia, minha sobrinha tem o salão dela, que abre normalmente. Aí, à noite, é a nossa vez de vender”, complementa Maria Aparecida.
A história se parece com a dos irmãos Tainá e Bruno de Almeida, eles também aproveitam a época para empreender. No espaço em que funciona a barraca de drinks, durante todo o ano é um salão de beleza, que fecha no período junino: “Durante o ano, eu trabalho com estética e no mês de junho a gente fica só na barraca, vendendo drinks, caipfrutas, nevada. A gente fica só aqui nesse local”, afirma Tainá.
“Aqui a gente prepara todos os sabores de caipirinhas. A gente que criou esses drinks e pensou assim, vamos colocar um nome de bairro, porque toda vez que o pessoal chegar aqui, já sabe o nome do que quer. E agora, todo mundo que chega aqui, fala pra colocar o nome do bairro”, complementa o irmão de Tainá, o Bruno de Almeida.
Os irmãos afirmam que essa ideia de colocar os drinks com nomes de bairros da cidade de Caruaru é uma coisa que chama muito atenção dos clientes, que sempre param para comprar. E essas histórias mostram que o São João de Caruaru é uma festa que celebra não apenas a cultura, mas também o espírito empreendedor, oferecendo experiências inesquecíveis que só a tradição nordestina pode oferecer.
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