Um navio da "Coalizão da Flotilha da Liberdade" deve zarpar "nos próximos minutos" rumo à Faixa de Gaza para levar ajuda humanitária, afirmou neste domingo, 1°, um dirigente político italiano à agência AFP. A informação foi confirmada por Marco Grimaldi, vice-líder do Alleanza Verdi Sinistra, sigla de esquerda que deu apoio à operação. A embarcação sairá do porto de Catânia, na Sicília. A tripulação conta com 12 pessoas, entre elas a ativista ambiental sueca Greta Thunberg. 551o38
A Coalizão Flotilha da Liberdade foi criada em 2010 como um movimento internacional pacífico de solidariedade ao povo palestino, com atuação humanitária e também de denúncia política contra o bloqueio imposto a Gaza. "O navio carrega a pressão da opinião pública. Queremos ampliar ainda mais o debate sobre a crise humanitária em Gaza", afirmou Grimaldi.
O "Madleen", o pequeno veleiro que parte a Gaza, leva sucos, leite, arroz, alimentos enlatados e barras de proteína — doações feitas por centenas de moradores de Catânia, conforme relatou o jornalista Andrea Legni, que está a bordo da embarcação.
A eurodeputada franco-palestina Rima Hassan também integra a missão. Segundo ela, o objetivo da viagem é "denunciar o bloqueio à ajuda humanitária, o massacre em curso, a impunidade do Estado de Israel e mobilizar a opinião pública internacional". Rima Hassan tem sido alvo de críticas na França por suas declarações sobre o conflito no Oriente Médio.
Suspeita de ataque de drones de Israel 4g4i1
Hassan anunciou na última quinta-feira que também participaria da missão. Segundo ela, a ação tem vários objetivos: "denunciar o bloqueio humanitário e o massacre em curso, a impunidade do Estado de Israel e alertar a opinião pública mundial".
No início de maio, outro barco da coalizão, que pretendia buscar apoiadores em Malta — entre eles Greta Thunberg — e seguir para Gaza, acabou danificado. Os organizadores suspeitam que a embarcação tenha sido alvo de um ataque com drones israelenses.
A situação humanitária na Faixa de Gaza é crítica. De acordo com a ONU, 100% da população corre risco de fome, após mais de dois meses de bloqueio à entrada de ajuda humanitária. Israel só começou a aliviar parcialmente as restrições na última semana.
(Com agências)