Putin promete reagir a ataques ucranianos e discute conflito com Trump e papa 4klf

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a Rússia responderá aos recentes ataques da Ucrânia, durante uma conversa telefônica com o presidente norte-americano, Donald Trump. O líder russo também disse ao papa Leão XIV, em ligação separada nesta quarta-feira (4), que busca a paz por meios diplomáticos, mas acusou Kiev de provocar a escalada das hostilidades. 361b3d

4 jun 2025 - 15h29

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a Rússia responderá aos recentes ataques da Ucrânia, durante uma conversa telefônica com o presidente norte-americano, Donald Trump. O líder russo também disse ao papa Leão XIV, em ligação separada nesta quarta-feira (4), que busca a paz por meios diplomáticos, mas acusou Kiev de provocar a escalada das hostilidades. 361b3d

Donald Trump e Vladimir Putin discutiram por telefone o conflito na Ucrânia em 4 de junho de 2025. (Imagem ilustrativa)
Donald Trump e Vladimir Putin discutiram por telefone o conflito na Ucrânia em 4 de junho de 2025. (Imagem ilustrativa)
Foto: © Evan Vucci / AP / Pavel Byrkin, Sputnik via AP / Montage RFI / RFI

"Vladimir Putin chamou a atenção para o fato de que o regime de Kiev aposta na intensificação do conflito e conduz ações de sabotagem contra infraestruturas civis em território russo", afirmou o Kremlin em nota oficial.

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Durante a conversa com Trump, o presidente russo reafirmou que terá que reagir de forma firme às recentes ações ucranianas. Em mensagem publicada em sua rede Truth Social, Trump relatou que teve uma "boa conversa" com Putin, mas alertou que não se trata de um diálogo que vá levar a uma "paz imediata".

"O presidente Putin disse, de forma muito firme, que precisará responder aos recentes ataques ucranianos contra bombardeiros russos", escreveu Trump, acrescentando que a ligação durou cerca de uma hora e quinze minutos.

Ataque com drones 4w535p

No último fim de semana, a Ucrânia realizou um ataque complexo com drones explosivos contra diversas bases aéreas russas, destruindo ou danificando várias aeronaves militares. Kiev também assumiu a autoria de uma ofensiva contra a ponte da Crimeia, construída por Moscou após a anexação da península em 2014.

O Kremlin informou que Trump assegurou não ter sido informado com antecedência sobre os ataques ucranianos, em especial a operação com drones contra aeródromos russos. "O tema dos ataques contra bases militares foi discutido. Trump destacou que a parte norte-americana não tinha conhecimento prévio das ações", declarou Iuri Uchakov, conselheiro diplomático de Putin.

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O Kremlin classificou a conversa entre os dois como "positiva" e "produtiva", afirmando que os dois líderes concordaram em manter contato constante.

Ceticismo quanto ao cessar-fogo 115e3u

Apesar do tom cordial, Trump reforçou seu ceticismo quanto a um cessar-fogo a curto prazo. As negociações entre Moscou e Kiev seguem paralisadas, apesar de recentes tentativas de retomada mediadas por Washington. Na segunda-feira, uma reunião direta entre representantes russos e ucranianos foi realizada em Istambul, mas terminou sem progresso.

Mais cedo, Moscou afirmou estar considerando todas as opções militares como resposta aos ataques ucranianos em território russo. A Rússia também acusou os países ocidentais de contribuírem para essas ofensivas e pediu que Estados Unidos e Reino Unido pressionem Kiev a agir com mais cautela. Ambos negaram ter sido informados antecipadamente sobre os ataques ucranianos contra bombardeiros russos.

"Trégua temporária" 1a342g

Kiev, por sua vez, declarou que os ataques demonstram a capacidade de resposta das forças armadas ucranianas, mesmo após mais de três anos de guerra. O presidente Volodymyr Zelensky propôs uma trégua temporária até que Putin aceite participar de uma reunião presencial.

Em contato separado com o papa Leão XIV, Vladimir Putin afirmou que deseja alcançar a paz por meios diplomáticos, mas acusou Kiev de buscar a escalada do conflito. Segundo o Kremlin, Putin destacou que o governo ucraniano aposta em ações de sabotagem contra infraestruturas civis no território russo.

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Irã e as armas nucleares 204561

Trump também relatou ter conversado com Putin sobre o programa nuclear do Irã. Segundo ele, os dois líderes concordam que Teerã não pode desenvolver armas nucleares. "Disse ao presidente Putin que o Irã não pode ter uma arma nuclear, e acredito que estamos de acordo nesse ponto", disse o presidente norte-americano.

Ele afirmou ainda que Moscou poderá participar das negociações, até agora conduzidas entre iranianos e norte-americanos. "Putin deixou entender que poderia se envolver nas conversas. Acredito que ele pode ter um papel útil para alcançar um desfecho rápido", acrescentou Trump.

Na véspera, o Kremlin defendeu o direito do Irã de desenvolver energia nuclear para fins civis. Rússia e Irã, aliados estratégicos desde o início da invasão russa da Ucrânia em 2022, mantêm uma cooperação crescente no cenário internacional.

(Com AFP)

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