Brasil bate recorde com mais de 30 mil transplantes de órgãos realizados em 2024, mas ainda enfrenta desafios como a fila de 78 mil pessoas e alta taxa de recusa familiar.
O Brasil bateu recorde de transplantes realizados no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com balanço apresentado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira, 4, mais de 30 mil procedimentos foram realizados em 2024. O número representa crescimento de 18% em relação a 2022. a34c
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Apesar do recorde, atualmente, 78 mil pessoas aguardam por doação de órgãos, com o número de doadores efetivos sendo de, apenas, pouco mais de 4 mil. Um dos desafios enfrentados é a recusa familiar: 55% das 4,9 mil famílias entrevistadas autorizaram a doação de órgãos de seus entes.
Órgãos mais demandados: j3sl
- Rim: 42.838
- Córnea: 32.349
- Fígado: 2.387
Órgãos mais transplantado: 406l3v
- Córnea: 17.107
- Rim: 6.320
- Medula óssea: 3.743
- Fígado: 2.454
“Quero dividir a conquista desse recorde com os secretários municipais e estaduais, a comunidade de saúde, os técnicos, os enfermeiros, as equipes do SAMU e os profissionais que se dedicam a fortalecer o sistema de saúde em todo o país. Temos que celebrar esse recorde. É a reafirmação do Brasil como país que mais faz transplantes no sistema público de saúde do mundo”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Para continuar evoluindo os números, o Ministério da Saúde aproveitou a oportunidade para anunciar medidas de modernização do sistema de transplantes. Para reduzir o tempo entre a doação e a cirurgia, a Prova Cruzada Real mistura os antígenos do doador com o soro do possível receptor.
O exame vai cruzar os dados imunológicos cadastrados. Se o resultado for positivo, as chances de a prova cruzada real ser positiva aumenta. Esse resultado significa que há uma maior chance de rejeição ao órgão. Por isso, apenas candidatos com a prova virtual negativa serão chamados para a realização da Prova Cruzada Real.
Outra medida visa garantir mais agilidade na distribuição dos órgãos e tecidos. A prioridade será para Estados da mesma região. Se não houver receptor, o órgão, então, irá para a lista nacional.
Também haverá a oferta inédita por parte do SUS de transplante de intestino delgado e multivisceral.