Script = https://s1.trrsf.com/update-1748548509/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Saiba o que impressionou Einstein em visita ao Brasil há cem anos 1z3n2z

Físico ou seis dias no Rio de Janeiro em intensa programação cultural e científica 5v116r

29 mai 2025 - 17h49
Compartilhar
Exibir comentários

De novo a bordo do Cap. Polônio, o cientista seguiu viagem para a Argentina. Na manhã de 25 de março, desembarcou em Buenos Aires, onde permaneceu por quase um mês. Em 24 de abril, aportou em Montevidéu e de lá seguiu novamente para o Rio de Janeiro, agora a bordo do Valdivia, para ficar uma semana.

Tolmasquim conta que, durante o período na América do Sul, Einstein deu conferências sobre a Teoria da Relatividade e outros temas da Física, visitou instituições científicas e judaicas e participou de recepções e jantares com salões e auditórios lotados. "Além disso, encontrou-se com os presidentes dos três países e todo o tipo de autoridades, sejam acadêmicas, políticas ou diplomáticas; eou pelos pontos turísticos; provou comidas típicas; deu, enfim, muitas entrevistas para a imprensa escrita e falada."

Confira os cinco aspectos que mais surpreenderam o físico alemão em suas andanças pelo Rio de Janeiro:

  • A mistura de povos: Logo que desembarca na cidade, Einstein registra em seu diário: "Já há dois meses vagueio por esse hemisfério como viajante da Relatividade. Aqui é um verdadeiro paraíso e uma alegre mistura de povos". Nas primeiras horas na cidade, no dia 22 de março, ele escreve: "Deliciosa é a mistura étnica nas ruas. Português-índio-negro com todos os cruzamentos". Em 7 de maio, ele volta ao tema ao observar que "negros vão pouco a pouco desaparecendo através da mistura devido à falta de resistência dos mulatos. Índios relativamente pouco numerosos".
  • A vegetação tropical: Na primeira agem pela cidade, de apenas poucas horas, o cientista visita o Jardim Botânico e se mostra impressionado: "Jardim Botânico, bem como a flora de modo geral, supera os sonhos das 1.001 noites. Tudo vive e cresce a olhos vistos por assim dizer. Experiência fantástica. Uma indescritível abundância de impressões em poucas horas".
  • O Museu de História Natural: Como não poderia deixar de ser, o cientista foi levado ao principal museu da cidade. Em 7 de maio, ele escreveu sobre o eio: "Visita ao Museu de História Natural, principalmente animais e antropologia. Beleza da espinha dorsal de uma serpente como construção. Cultura dos índios, múmias reduzidas, flechas envenenadas. Lindo jardim diante do Museu".
  • O clima quente e úmido: Em 4 de maio, Einstein anota em seu diário de viagem, aparentemente irritado com o clima local: "Umidade provoca reações misteriosas (...) Apanhado no porto por gente do hotel e esperado por cientistas e judeus no cais. Todos dão uma impressão tropical amolecida. O europeu necessita maior estímulo metabólico do que esta eterna atmosfera quente-úmida oferece. Do que vale a beleza natural e riqueza? Eu penso que a vida de um escravo-do-trabalho europeu ainda seja mais rica, sobretudo menos utópica e nebulosa. Adaptação provavelmente só possível com renúncia da agilidade". Em 10 de maio, ele escreve: "À noite, recepção da Central Sionista em salão lotado com imenso calor. Não se sentem mais os ventiladores".
  • Pão de Açúcar e Corcovado: Em 5 de maio, Einstein descreve sua visita a um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro: "Em seguida, com os cientistas ao 'Pão de Açúcar'. Viagem vertiginosa sobre floresta selvagem em cabo de aço. Em cima, magnífico jogo e alternância de neblina e Sol". Em 10 de maio, o cientista é levado ao morro do Corcovado, onde ainda não havia a estátua do Cristo Redentor, que só seria inaugurada em 1931. "Pôr-do-sol em trem de roda dentada a cabo no Corcovado", anota em seu diário.
Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade