O ataque contra um dos maiores nomes das lojas de rua do Reino Unido forçou a M&S a recorrer à caneta e ao papel para movimentar bilhões de libras em alimentos frescos, bebidas e roupas, depois que desligou seus sistemas de estoque automatizados. Isso resultou em prateleiras vazias e clientes frustrados.
Um mês após o ataque, a loja online de roupas da M&S continua fora do ar. O ataque eliminou mais de 1 bilhão de libras do valor de mercado da companhia.
O presidente do conselho de istração da rede de varejo, Archie Norman, lamentou o momento em que a empresa foi atacada, uma vez que a M&S, que vem implementando um plano de recuperação abrangente desde 2022, estava começando a mostrar todo o seu potencial.
"Mas na vida empresarial, quando você pensa que está em uma boa fase, eventos surgem e te atingem", disse ele.
A M&S, que tem 65 mil funcionários e 565 lojas, disse que o ataque custará cerca de 300 milhões de libras em perda de lucro operacional no ano fiscal até março de 2026, embora espere reduzir esse impacto pela metade por meio de acionamento de seguros, controle de custos e outras ações.
A M&S teve 984,5 milhões de libras em lucro operacional no ano encerrado em 29 de março.
A empresa disse que a interrupção de sua operação de comércio eletrônico continuará durante todo o mês de junho e em julho, à medida que os sistemas forem retomados.
O presidente-executivo, Stuart Machin, disse a jornalistas que espera que cerca de 85% das linhas de vestuário e casa estejam disponíveis online dentro de algumas semanas.
No setor de alimentos, a M&S disse que foi atingida pela redução da disponibilidade e por custos mais altos com desperdício e logística.
A M&S disse que usará a crise para acelerar melhorias em sua tecnologia, embora tenha dito que não havia negligenciado a segurança de seus sistemas.
Machin se recusou a dizer se a M&S pagou resgate ao grupo responsável pela invasão de seus sistemas.
O executivo disse que o tempo entre o o dos hackers ao sistema e a detecção da invasão foi curto e que a M&S teve azar "por erro humano", pois os hackers usaram táticas de "engenharia social" para enganar os funcionários de uma empresa terceirizada.
"Não deixamos a porta aberta. Isso não tem nada a ver com subinvestimento", disse ele.
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753))
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