Script = https://s1.trrsf.com/update-1749152109/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Paradromics, startup concorrente da Neuralink, realiza implante de chip cerebral em ser humano 1o6822

Cirurgia foi considerada teste inicial da tecnologia da empresa 18206

3 jun 2025 - 17h10
(atualizado às 17h11)
Compartilhar
Exibir comentários

A Paradromics, empresa de tecnologia cerebral rival da Neuralink, de Elon Musk, anunciou, nesta segunda-feira, 2, que realizou um implante de chip no cérebro de um paciente. De acordo com a startup, a cirurgia foi um teste e o dispositivo foi removido com segurança após 10 minutos. As informações foram divulgadas pelo Wired. 5u3q3u

O dispositivo da Paradromics, chamado de Connexus, tem como principal objetivo restaurar a fala e a comunicação de pessoas que sofrem lesões na medula espinhal, acidentes vasculares cerebrais ou possuem esclerose lateral amiotrófica (ELA). Assim, o aparelho pretende traduzir sinais neurais em fala sintetizada, texto e controle de cursor.

Segundo a empresa, o procedimento ocorreu no dia 14 de maio, na Universidade de Michigan, no EUA. O paciente, que deu consentimento para o teste, estava ando por uma cirurgia cerebral para tratamento de epilepsia. O dispositivo, que é menor que uma moeda de 10 centavos, foi inserido, temporariamente, no lobo temporal, lugar em que as informações auditivas são processadas e as memórias são codificadas. Dessa forma, os especialistas puderam pereceber que o dispositivo era capaz de registrar sinais elétricos do cérebro do paciente.

"Há uma oportunidade única quando alguém está sendo submetido a um procedimento neurocirúrgico de grande porte", disse Matt Angle, CEO da Paradromics. "A pessoa terá seu crânio aberto e um pedaço do cérebro será removido em breve. Nessas condições, o risco de testar um implante cerebral é realmente muito baixo."

Dispositivos como esse não são capazes de "ler pensamentos". O que eles fazem é interpretar sinais neurais associados à intenção de movimento. Por exemplo, quando totalmente desenvolvido, espera-se que o chip da Paradromics possa decodificar os movimentos da face envolvidos no ato de falar. Assim, uma pessoa com paralisia - que não consegue mover a boca - ainda poderia tentar fazer esse movimento, o que produziria sinais neurais no cérebro. Então, por meio do dispositivo, os sinais seriam decodificados em fala.

Fundada em 2015, é a primeira vez que a empresa testa seu chip em humanos. Até então, os testes eram realizados em ovelhas. Até o final do ano, a startup planeja lançar testes clínicos em pacientes com paralisia.

"Na verdade, trata-se apenas de um teste para levar tudo para a sala de cirurgia, descobrir o procedimento para o implante, garantir que ele permaneça operacional e que eles possam removê-lo", disse Jennifer Collinger, pesquisadora da Universidade de Pittsburgh. "É um bom ensaio geral".

*Mariana Cury é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade