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Julio Rocha conta como concilia profissão e paternidade: 'Verdadeira fama é ser chamado de papai' e4e21

Após interpretar Amaro em A Vida Começa Depois dos 60, Julio Rocha fala, à CARAS Brasil, sobre relação com o envelhecer e da força que tira da família 54eb

15 mai 2025 - 08h06
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O ator Julio Rocha ao lado da esposa, Karoline Kleine, e dos filhos
O ator Julio Rocha ao lado da esposa, Karoline Kleine, e dos filhos
Foto: Reprodução/Instagram @juliorocha_ / Caras Brasil

"Meus filhos me lembram que a verdadeira fama é ser chamado de 'papai' no fim do dia". A frase é do ator Julio Rocha (45) que, após se despedir da temporada de A Vida Começa aos 60, já tem novos projetos na manga. Em entrevista à CARAS Brasil, ele conta como concilia o dia a dia da profissão com a paternidade, e as reflexões que a peça trouxe para sua vida. 5v2z1l

Casado com Karoline Kleine (36), Julio Rocha é pai de José (5), Eduardo (4) e Sarah (1). O artista assegura que é na família que encontra forças para encarar desafios na profissão. "É malabarismo com emoção: uma mão segura o roteiro, a outra uma criança, e no meio tem brinquedo no chão e fralda na bolsa [risos]. Mas ali está minha base. E isso me dá um gás que nenhuma premiação no mundo daria."

E isso não foi diferente ao seu retorno aos palcos. Na peça de Aguinaldo Silva (81), ele interpretou o complexo Amaro, representando a reinvenção e a descoberta de novos desejos na idade madura. O personagem se transformava junto à personagem Lourdes (Luíza Tomé), desafiando os estereótipos da sociedade sobre o amor e vida após os 60 anos. 

Apesar de ainda estar longe dos 60, Rocha diz que não sofre ao encarar a agem do tempo, e deseja estar trabalhando ao chegar na idade. "Se tudo der certo, aos 60 eu quero estar no palco —ou num acampamento com netos me chamando de exagerado. Os dois me parecem ótimos destinos."

"Lido com o tempo como um mestre e não como inimigo. Quero envelhecer rindo, trabalhando, sendo zoado pelos meus filhos e me apaixonando pela vida de novo e de novo", completa. Agora, após se despedir da produção, o artista conta que já tem novos projetos, porém, não detalha o que vem aí.

"Posso dizer que vem coisa grande, feita com alma e foco em transformação real. Projetos que unem entretenimento, propósito e impacto, porque eu acredito que arte boa é aquela que continua trabalhando mesmo depois que a cortina fecha."

Abaixo, Julio Rocha dá mais detalhes sobre a temporada da peça A Vida Começa aos 60, que se encerrou no último sábado, 11, e conta como foi trabalhar com o elenco e o diretor. Leia trechos editados da conversa.

Como foi estar na peça A Vida Começa Depois dos 60, de Aguinaldo Silva?

Aguinaldo não escreveu uma peça, escreveu uma flecha —vai direto no coração. É leve, divertida, mas fala de recomeço, de dor, de vida. Shakespeare dizia que 'todo o mundo é um palco', e Aguinaldo nos lembra que nunca é tarde para subir nele de novo.

Como foi dividir o protagonismo com Luiza Tomé?

Um privilégio. Luiza tem uma luz que atravessa tudo. A entrega dela é visceral, generosa e ao mesmo tempo lúdica. Em cena, a gente se desafia, se acolhe, se diverte —e isso cria um tipo de verdade que o público sente na hora. É como contracenar com uma força da natureza: você não controla, você sente e segue o fluxo.

Você teve algum desafio para interpretar o Amaro?

Demais. Amaro é um homem que parou de viver. Ele só sobrevive. Um ex-presidiário, com um ado tóxico, cheio de culpa e silêncio. Para fazer esse cara, precisei me despir de vaidade e ar camadas mais cruas dentro de mim. É um personagem que fala de dor, mas principalmente de segunda chance. E viver isso no palco é um ato de fé. O elenco é primoroso e a direção do Maciel é uma das melhores coisas que eu já vi na vida.

Qual a importância de ter essa história de amor representada?

Porque o amor depois dos 60 é um ato de resistência. Um amor sem performance, sem joguinho —só entrega. A peça mostra que recomeçar não é vergonha, é coragem. E a Lourdes, da Luiza, representa tantas mulheres que se permitiram florescer depois da dor. Me lembra figuras como Jane Fonda ou Fernanda Montenegro —mulheres que seguem inspirando outras a nunca desistirem de viver com intensidade.

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