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Compositora de IZA, KING Saints compartilhar dores do racismo: 'É estrutural' 1v4g43

Compositora de IZA, KING Saints explora dores do racismo em letras ácidas para a segunda parte de seu projeto e conta tudo em entrevista à Contigo! 3v245i

31 mai 2025 - 11h30
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KING Saints
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Foto: Maurício Siqueira / Contigo

KING Saints se apresenta como o lado B do Pop e está nos bastidores de grandes canções para nomes como IZA no álbum Afrodhit e Luísa Sonza no projeto Doce 22. Indicada ao Grammy latino três vezes, ela apresentou a segunda parte de um projeto que traz liberdade sexual, vivências e críticas contra o preconceito - especialmente o racismo. Em entrevista à Contigo!, a artista abriu o jogo sobre suas letras ácidas e dores do racismo - principalmente, o estrutural. Leia completa abaixo: j3nf

Facilmente, identificamos declarações empoderadas em suas canções, principalmente sobre liberdade sexual e denúncias de racismo. O que você já ou na pele e pode contar para gente? Como isso se reflete nesta nova parte do álbum?

"Acho que tudo que relatei nas músicas já ei em alguma instância. Costumo dizer que sobreviver é resistência. Imagina só: você pode pegar um carro na porta da sua casa e ar por uma situação de racismo; na padaria; no mercado; às vezes até dentro de casa. Quanto mais você se letra racionalmente, mais sensibilidade cria e percebe que o preconceito está nos em atos cotidianos. Está na estrutura, uma vez que você não tem como 'desver'. Acho que na primeira parte do álbum eu fui mais didática, uma troca de ideia. Na segunda parte, é mais direto, sem curva, é o papo reto."

Lá no primeiro, você canta "tem sempre uma guria me pedindo um copo d'água" e isso é uma referência ao polêmico caso de Luisa Sonza, correto? Além disto, você incorpora seus versos ácidos sem medo em suas canções. Isso vem de onde? Como é esse processo de composição?

"Adoraria que fosse somente sobre o caso de uma única pessoa, mas não é. Se fosse isso, era fácil de resolver. É sobre atos diários que nos atravessam, nos diminuem, mexem com a nossa autoestima, saúde mental, e são encarados como um simples ato inocente de alguém que não entende o mundo. Acontece todos os dias, toda hora, em várias escalas, porque é estrutural, é centenário, com muita manutenção e pouca reparação. Acho que hoje entendo que há poucos espaços nesta sociedade onde minha percepção e a dos meus iguais sobre o mundo seriam levadas em consideração. Acho que a arte é esse espaço livre para mim. Eu falo da minha vida, mas também da vida que observo com o olhar de quem é cria da Baixada. As coisas que eu escrevo para mim são mais livres. Gosto de buscar referências, ouvir os produtores, construir junto, e o assunto vem às vezes de uma conversa antes da sessão, ou algo que li, ou vivi."

Você apresenta a segunda parte de seu álbum. O que você explorou de diferente em "Se Eu Fosse Uma Garota Branca (mas não sou)"?

"Exploramos ainda mais as produções urbanas. Elas já estavam presentes na primeira parte, mas nessa seção as referências ao rap e trap são muito mais diretas, sem largar a mão do pop. Trazemos também novas parcerias com quatro rappers incríveis! A faixa 'Cadela 2' apresenta a colaboração de três brabas da Baixada Fluminense: Xammy, SHURY e Tonny Hyung. E em 'a essa grana (cobrando sem pena)', a participação especial é da Monna Brutal."

Após três indicações ao Grammy e compor ao lado de grandes estrelas, você sentiu mais respeito ou sente mais ainda a pressão de se superar, trabalho a trabalho, tendo que se provar constantemente?

"Eu estou sempre na busca de me provar, não pela 'aprovação' em si, mas porque eu quero prosperidade, grana no bolso, a tranquilidade de viver melhor. Então, sim, estou sempre buscando o próximo trabalho e não nego quase nada. Mas sou muito grata pelas conquistas até aqui, olho para trás e vejo que a caminhada é assustador às vezes. Tem muito mais trampo pela frente; sempre existe um novo caminho para se explorar."

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