Ex-Chiquititas revela falta de acompanhamento psicológico durante as filmagens: "Eu não tinha" 2h5o3p

Em recente participação no podcast Central 900, promovido pela Faculdade Cásper Líbero, a atriz e influenciadora Carol Chamberlain, conhecida por seu papel em Chiquititas, relembrou os desafios enfrentados quando atuou na novela ainda na infância. Segundo ela, na época das gravações, o e emocional e psicológico era praticamente inexistente. "Na minha época não tinha nada disso. Você ou no teste, foi bem, então vai lá e grava", afirmou Carol, ressaltando a ausência de estrutura adequada para lidar com os impactos psicológicos do trabalho artístico infantil. i1t

Carol mencionou que, embora houvesse uma psicóloga e uma psicopedagoga nos bastidores, esse e era muito distante do que é oferecido atualmente em sets de gravação. A conversa no podcast também contou com as análises de duas especialistas no assunto: Bia Szvat, filósofa clínica e artepsicoterapeuta, e Sandra Cavalcante, advogada e estudiosa da atuação de crianças e adolescentes na indústria do entretenimento. Ambas destacaram a importância de uma preparação emocional mais sólida e do acompanhamento constante desses jovens profissionais.

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Durante o bate-papo, Carol comentou sobre o impacto que a atuação teve fora das câmeras. Interpretando Dani, uma personagem com características muito diferentes das suas, ela contou que conseguia fazer essa separação com clareza. O público, por outro lado, nem sempre fazia essa distinção. "As crianças não queriam tirar foto comigo. Elas tinham medo", revelou. Essa dificuldade de separação entre personagem e pessoa real pode afetar diretamente a autoestima e o bem-estar de jovens atores.

As especialistas alertaram sobre os riscos que envolvem a participação de menores em produções audiovisuais. Sandra destacou que, embora existam normas legais que regulam o trabalho infantil no meio artístico, sua aplicação muitas vezes é falha. Ela pontuou que "às vezes, é muito sutil entre o abuso, ou ser algo positivo", reforçando a importância de uma equipe preparada para proteger os direitos das crianças envolvidas nessas atividades.

Já Bia Szvat trouxe à tona a relevância de avaliar a necessidade de certas cenas envolvendo menores e como elas são conduzidas. Segundo ela, não é suficiente apenas ter um adulto responsável por perto. "A questão é saber se a cena é necessária ou não, e como executá-la", afirmou.