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Mario Frias usa verba pública para encontrar lutador nos EUA 306l4z

Secretário da Cultura gastou R$ 39 mil para discutir assuntos culturais com o lutador de Jiu-jítsu bolsonarista, Renzo Gracie t6n70

10 fev 2022 - 14h41
(atualizado às 18h01)
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Integrante do governo Bolsonaro que adora proclamar o "fim da mamata", Mario Frias está aproveitando bastante sua condição de secretário especial de Cultura. j3i5d

Segundo consta no Portal da Transparência, ele esteve em Nova York entre os dias 14 e 19 de dezembro numa viagem de caráter "urgente" para discutir assuntos culturais com o lutador de Jiu-jítsu aposentado, e conhecido bolsonarista, Renzo Gracie.

O voo na classe executiva custou R$ 26 mil e Frias recebeu R$ 12,8 mil em diárias. No total, a viagem "urgente" aos EUA foi de R$ 39 mil, totalmente paga pelos contribuintes, com o imposto de renda da população.

Foto: Divulgação/Ministério do Turismo / Pipoca Moderna

A justificativa dada foi um convite de Gracie para "apresentar um projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte". Urgente, de fato, como se pode conferir.  

O tratamento prioritário de Frias a qualquer que seja o projeto genérico, a ponto de valer uma viagem internacional, também serve de contraste ilustrativo em relação aos muitos problemas criados pela secretaria de Cultura para a aprovação de projetos culturais de moradores do Brasil.

Vejam só que coincidência, Gracie acaba de ser biografado pelo ex-secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, demitido do cargo por fazer um vídeo em que parafraseava um dos grandes ideólogos do nazismo. "Renzo Gracie: Uma Vida Heróica" será lançado na segunda (14/2) pela editora Auster.

Será que o projeto que precisava ser apresentado nos EUA de forma "urgente" inclui o ex-integrante do governo, de modo a ressaltar o fim da mamata?

Frias agora prepara uma turnê internacional e pretende levar mais quatro integrantes da sua turma para fazer "reuniões com autoridades culturais" na Rússia, Hungria e Polônia, acompanhando Bolsonaro em sua excursão mundialmente criticada ao Leste Europeu - detalhe: a Polônia não faz parte do itinerário do presidente.

O eio vai acontecer entre os dias 13 e 23 e custará bem mais caro que a viagem "urgente" aos EUA para a população brasileira. Espera-se excelentes resultados pela inclusão de tanta gente para "reuniões".

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