O conselho mais valioso que Sharon Osbourne pode dar a um músico 1g1qt
Esposa e empresária de Ozzy Osbourne, dona de trajetória de sucesso na indústria artística, alerta para a importância de se manter direitos de composições 3p2m63
Desde muito nova, Sharon Osbourne está em contato com o mundo do gerenciamento musical. Nascida em 1952, a manager e esposa de Ozzy Osbourne é filha de Don Arden, fundador da Jet Records e empresário de nomes como Gene Vincent (com quem começou a trabalhar ainda em 1960), Jerry Lee Lewis, Little Richard, Small Faces, Electric Light Orchestra (ELO) e o próprio Black Sabbath, do qual Ozzy fazia parte. 174l14
Don é creditado como um dos responsáveis pela decisão do Sabbath em demitir Ozzy, à época imerso em vícios, em 1979. No mesmo período, o cantor começou a namorar Sharon, que também tirou o pai da jogada e começou ela mesma a comandar a carreira do artista. Arden morreu em 2007 sem ter perdoado a filha.
Fato é que, a partir dos anos 1980, o casal construiu um verdadeiro império, não apenas no entorno de Ozzy — que por si só virou uma forte figura midiática, personalidade televisiva, "nome" de festival (Ozzfest) e muito mais —, mas também de Sharon, a mente por trás das iniciativas comerciais do marido. Com sua própria empresa, ela gerenciou as carreiras de Motörhead, Gary Moore, Lita Ford, Smashing Pumpkins, entre outros.
Por isso, se Sharon Osbourne resolve dar um conselho sobre carreira musical, vale a pena ouvir. Em entrevista à Music Business UK, a dica que ela deu foi: nunca abdique dos direitos de suas composições, especialmente editoração. Na indústria fonográfica, essa parte é a responsável por istrar e promover as obras de um autor. Ela explica:
"Nunca deixe a parte editorial de lado, ao menos até chegar ao ponto em que você pensa em se aposentar, e aí vende tudo por uma fortuna. Por quê? Você mesmo pode analisar onde suas composições podem acabar. Você pode ganhar alguns milhões cada vez que sua música for usada em uma propaganda. Outras pessoas podem fazer um cover da sua música e fazer sucesso com uma música que não estourou com você."
O conselho de Sharon, claro, é mais direcionado a artistas consolidados, cujos catálogos geram maior interesse. Todavia, compositores mais jovens também devem levar isso em consideração.
"Conheço muitos artistas que são contratados por gravadoras, e elas querem os direitos de editoração musical deles. Deveria ser: 'f#da-se, nem pensar'."
Gravadoras não se preocupam com artistas, segundo Sharon Osbourne 5n4b
Dentro do mesmo tema, outro ponto destacado por Sharon Osbourne é o que ela enxerga como uma falta de preocupação das gravadoras em relação aos artistas. Para a empresária, os selos não pensam no desenvolvimento a longo prazo dos músicos — ao menos nos dias de hoje.
"Atualmente, não há desenvolvimento nas gravadoras. Elas pegam tudo dos artistas. Não existe gravadora desenvolvendo artista. Os departamentos de A&R [artista & repertório] simplesmente vão para a internet. É isso. Eles pegam seus direitos, seus produtos e tudo o mais. E tudo o que elas fazem é prensar, distribuir e arrumar streams para suas músicas. A maioria das gravadoras é dona do streaming de qualquer maneira. Toda essa coisa de: 'tenho um bilhão de streams, é incrível'... bem, você está ganhando menos de um centavo por um stream. É degradar a música de um artista."
Por fim, a empresária lembrou como sua trajetória ficou marcada por enfrentar outras grandes empresas. Para isso, um exemplo: a criação do Ozzfest, o festival itinerante de Ozzy Osbourne, só ocorreu porque o Lollapalooza rejeitou o cantor em uma de suas edições. "Pensei: 'f#dase, faremos nosso próprio festival itinerante de metal', algo que não existia na época, e foi uma oportunidade para muitas bandas mais jovens tocarem para públicos enormes", concluiu.
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