Ficou evidente que Bonner teve uma das piores semanas no JN 72l5i
Âncora não disfarça o abatimento com notícias sobre Bolsonaro e a explosão da covid no Brasil 6c1u3e
Em 25 anos como titular na bancada do Jornal Nacional, poucas vezes se viu William Bonner tão abatido como nas edições de sexta-feira (5) e sábado (6). O semblante do apresentador transmitia desânimo e indignação, compaixão e revolta. o5i6x
Tais sentimentos foram produzidos por matérias a respeito de ações equivocadas e omissões do governo de Jair Bolsonaro no combate à pandemia de covid-19 no País e também do caos no sistema de saúde.
Nos dois dias, o JN mostrou profissionais da área em lágrimas devido à pressão de escolher quem receberia uma vaga de UTI, em detrimento de outro paciente que poderia morrer pela falta de cuidados intensivos. Cenas comoventes de uma tragédia anunciada — e cujo fim não se enxerga.
Várias vezes, após a exibição de matérias sobre os erros da gestão na saúde e de declarações polêmicas de Bolsonaro, e também do desespero de doentes e seus parentes nos hospitais, Bonner baixou a cabeça, com expressão pesada, ou olhou para a colega Renata Vasconcellos como quem busca apoio emocional para seguir em frente.
Não tem sido fácil para nenhum jornalista cobrir diariamente a catástrofe humanitária imposta pelo coronavírus. As notícias ruins se sobrepõem, cada vez mais dramáticas. Impossível não ter empatia por infectados, vítimas fatais, familiares e profissionais da linha de frente. Não há como noticiar com frieza, sem lamentar e se solidarizar.
Há quase um ano, em 25 de março de 2020, após uma edição com 1 hora e 28 minutos de duração (uma das mais longas nos 52 anos do ‘JN’), Bonner se dirigiu a Renata. “Tá cansada">Veja também:
