Márcia recusou proposta milionária da Globo quando ganhava R$ 5 mil no SBT 5n19u
Apresentadora comandou uma das poucas atrações que conseguiram derrotar o ‘plim-plim’ no Ibope h3f2e
Em 1997, o SBT colocou um anúncio no jornal procurando uma apresentadora. Parece invenção, mas aconteceu. Silvio Santos queria produzir uma versão do talk show sensacionalista norte-americano ‘Ricki Lane’. 6b4v5b
Centenas de anônimas e várias famosas se inscreveram. A escolhida foi Márcia Goldschmidt. Na época, ela apresentava um programa sobre relacionamentos na Rede Mulher, canal extinto que deu lugar à Record News.
Dona de uma agência de namoros chamava Happy End (final feliz, em inglês), sabia como lidar com as expectativas e frustrações das pessoas comuns. Perfil ideal para uma atração de TV focada em discutir problemas do cotidiano.
O sucesso do ‘Márcia’ foi imediato. A linguagem popular e os barracos – ora dramáticos, ora engraçados – fizeram o SBT derrotar no Ibope a novela das 9 da Globo, ‘A Indomada’.
A emissora da família Marinho agiu rápido: armou um esquema para levar Márcia Goldschmidt até a sede, no Rio, a fim de ser convencida a um contrato.
O então todo-poderoso do canal, Boni, quis saber quanto a apresentadora ganhava no SBT. “Cinco mil”, informou Márcia. O executivo achou se tratar de uma piada.
Ficou ainda mais estupefato ao descobrir que ela não tinha contrato com Silvio Santos. Era registrada como funcionária CLT, ou seja, não havia multa a ser paga para tirá-la do concorrente.
“Paguem 50 vezes mais a ela e contratem toda a sua equipe”, ordenou Boni, segundo Márcia contou em participação no ‘Que História é Essa, Porchat">Hoje, aos 60 anos, está solteira e vive com as meninas na Espanha. Ministra palestras, produz conteúdo para a internet e prepara o lançamento de um livro sobre ‘mulheres sem idade’.
