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MC Cabelinho relembra cena em sua estreia no Globoplay: 'Mexeu muito comigo' 226i71

Em entrevista à Contigo! Novelas, MC Cabelinho falou sobre seu primeiro papel em um filme como Nando de Confia: Sonho de Cria, do Globoplay o5u4z

8 mai 2025 - 12h33
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MC Cabelinho revelou mais detalhes de sua participação na produção do Globoplay
MC Cabelinho revelou mais detalhes de sua participação na produção do Globoplay
Foto: Reprodução/Globo/Helena Barreto / Contigo

Cantor e ator, MC Cabelinho viu a vida se misturar com a ficção no filme Confia: Sonho de Cria. Na produção do Globoplay, o artista interpreta Nando,jovem de comunidade que trabalha como entregador em uma lanchonete e sonha em ser uma estrela do trap. Em entrevista à Contigo! Novelas, ele revelou mais detalhes de sua participação na trama. 30k1s

Como foi gravar um filme que tem pontos em comum com sua vida?

"Fazer esse projeto foi maravilhoso, eu estava do lado de pessoas incríveis. O Nando tem muita coisa que me faz lembrar do meu ado. Esse lance de ele ser presente na vida da avó dele foi uma parada que realmente vivi durante alguns anos da minha vida, eu morei com a minha avó, fui criado por ela. Teve uma época que ela fazia comida e eu entregava pelo morro. E o Nando também canta. Teve uma cena que mexeu muito comigo, que foi quando a avó do Nando dá uma roupa para ele fazer o show. E foi a minha avó que comprou minha primeira roupa de show também. Então fiquei muito feliz de ter essa cena no filme, porque me fez pensar muito no que eu vivi. O roteiro não citou nada de crime, de tráfico e isso me deixa muito feliz, porque as pessoas olham para nós pensando: 'é da favela, é traficante também', e o Nando não tem nada a ver com isso. Ele é um jovem que ajuda a avó e quer ser músico, apenas".

Você já tinha feito duas novelas, agora o filme. Como é conquistar isso tudo como ator?

"É legal pra caramba ver que a galera está curtindo meu lado ator. Sinto que na hora de executar o trabalho consigo entregar o meu melhor e acredito que depois disso o próximo o vai ser o sucesso".

Como assim?

"Eu nunca penso que vou fazer uma novela ou filme e isso vai ser sucesso, vai estourar. É igual à música, só quero colocar meu sentimento para fora. Se vai ter visibilidade, se vai bombar, aí já está nas mãos de Deus. Chegou a oportunidade, eu vou abraçar, entregar o meu melhor e bora ver o que acontece depois. Mas fico feliz que meu trabalho está sendo bem-aceito. Estou pronto para o próximo desafio".

E tanto você como a Malía, que também está no filme, mostram essa diversidade dos artistas negros, que cantam, atuam...

"Vão ter que nos ver vencer, vão ter que nos ver fazendo bonito na TV, fazendo bonito musicalmente, ganhando dinheiro. Fico muito feliz quando vejo uma criança se inspirando na gente. O nosso povo está tendo visibilidade e está mostrando, na prática, que nós temos talento, sim. Até me emociona falar disso, porque só a gente sabe o que a. É como Mano Brown fala, pelo fato de a gente vir de onde vem, nós temos que ser duas vezes melhor. Agora tem o L7nnon na novela Dona de Mim. Acredito que a gente já está furando a bolha. Desde o momento que tem favelado na TV Globo, já está furando a bolha. E por mais que ainda sejam poucos, ainda assim, tem gente lá representando o funk, o trap, levantando nossa bandeira".

Que dica daria para os Nandos da vida real?

"A história dele é muito inspiradora. Quero que eles olhem o filme e pensem: 'eu também posso, eu também consigo!'. Se o Nando conseguiu, se o Cabelinho conseguiu, se a Malía conseguiu, vocês também vão conseguir. É sobre confiar, acreditar. Para quem trabalha com música, não parar de fazer. Recentemente, fui indicado ao Grammy Latino e não ganhei. Daí o Kendrick Lamar ganhou cinco numa noite. Fui ver a idade dele, vi que tem 37. Eu tenho 29 ainda. Isso me motivou, vou continuar trabalhando ainda mais, escrevendo ainda mais. Eu sei que é difícil, mas vão ter pessoas no caminho que vão te inspirar, assim como o Kendrick me inspirou agora, assim como a Malía vai inspirar várias meninas. Continua confiando, trabalhando. Não deixando de acreditar. E é muito importante também manter a cabeça no lugar. Se puder cuidar do psicológico também é muito importante. Eu faço terapia hoje em dia e sou outra pessoa, graças a Deus. Sou mais centrado, mais focado na minha parada e faço muita questão de ter a minha família do meu lado também e meus crias que cresceram comigo. Acho que isso também influencia muito".

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