A participação de Virginia Fonseca na I das apostas online, na semana ada, ainda reverbera fora dos corredores do Senado. Desta vez, foi o influenciador Guga Figueiredo quem colocou mais lenha na fogueira. 1ra6y
De acordo com a colunista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles, em uma entrevista contundente ao podcast Inteligência Ltda., ele não poupou críticas à esposa de Zé Felipe, afirmando que ela teria envolvimento direto em uma série de publis que resultaram em prejuízos para seguidores.
"A Virginia é mais uma praga pra sociedade do que uma benfeitora", disparou Guga logo no início da entrevista. Em tom ácido e sem rodeios, ele classificou a empresária como alguém que se aproveita da influência digital para lucrar em cima do público mais vulnerável.
"Ela é o Hood Robin, tira dos pobres e coloca no próprio bolso", ironizou, rebatendo o discurso de que a influencer gera empregos e movimenta a economia.
Durante a conversa, ele relembrou episódios antigos envolvendo ações de marketing feitas por Virginia, apontando casos em que produtos divulgados por ela teriam se revelado enganosos ou até fraudulentos.
"Ela já foi obrigada judicialmente a ressarcir uma seguidora com um iPhone novo depois de divulgar uma loja que deu golpe. Também fez publi de loja de óculos que lesou centenas de consumidores. É um histórico preocupante", afirmou.
Virginia Fonseca: Produtos duvidosos, cursos relâmpagos e promessas vazias 4x492j
Segundo Guga, a prática de promover produtos sem checar a veracidade das informações ou a idoneidade das empresas já virou rotina nas redes da influencer. Ele citou casos como a divulgação de um óleo milagroso para manchas que usava imagens falsas, um creme redutor de gordura que, segundo o próprio site, não funcionava, e uma "gominha da pele" cuja eficácia era questionável.
Além dos produtos físicos, Guga também criticou o conteúdo digital promovido por Virginia, como o curso que prometia ensinar a ser uma influenciadora de sucesso. "Foi gravado todo no mesmo dia, de qualquer jeito. Depois ela apagou tudo e sumiu. Não teve e, nem satisfação. Vendeu e tchau", denunciou.
Em meio a essas acusações, o influenciador ainda relembrou casos em que Virginia teria cobrado por experiências com fãs, como uma sessão de fotos em um shopping que nunca aconteceu.
"As pessoas pagaram e ela foi embora. Isso é respeito com quem te acompanha?", questionou. Ele ainda mencionou o caso da plataforma de rifas WePrêmios, que teve apenas uma edição após uma avalanche de críticas.
Guga não parou por aí. Também sobrou para os parlamentares que participaram da I das apostas. Segundo ele, houve mais bajulação do que investigação. "Foi o poste mijando no cachorro. Teve senador elogiando, pedindo foto, dizendo que ela gera emprego. É uma inversão de valores", criticou, mencionando o senador Cleitinho como exemplo.
O desabafo terminou com uma reflexão sobre a responsabilidade dos influenciadores. Para Guga, falta transparência nas publis, principalmente quando se trata de jogos de azar. "Ela diz que sempre avisa para jogar com responsabilidade. Mas quando foi que mostrou que perdeu? Sempre aparece ganhando R$ 8 mil. Isso cria uma ilusão perigosa", alertou.
A fala de Guga reacende o debate sobre a ética na publicidade feita por influenciadores e levanta uma pergunta incômoda: até onde vai a responsabilidade de quem tem milhões de seguidores e influência direta sobre suas decisões? O caso de Virginia Fonseca, mais uma vez, escancara a linha tênue entre sucesso digital e dever social.