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Diversidade de gerações é vital para enfrentar o etarismo 1l734

A imagem do profissional de mais de 50 que se aposenta e a a aproveitar a vida doméstica é irreal 1y91q

12 dez 2022 - 01h00
(atualizado em 13/12/2022 às 09h25)
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Foto: Adobe Stock

Se está a um tropeção dos 50 anos ou buscando o seu primeiro estágio e não está conseguindo o seu lugar ao sol, pode ser que o etarismo seja o divisor d’águas entre você e o seu “sim” no mercado de trabalho. O etarismo também é conhecido como idadismo, ageismo ou “ageism” (em inglês). 333y18

Há quem pense que o etarismo é sinônimo de preconceito com pessoa “mais velha” ou idosa. Mas não é. Trata-se de estereótipos, preconceitos e discriminação direcionadas às pessoas com base na idade delas, seja ela qual for, e pode ser de ordem institucional, interpessoal ou contra si próprio.

O idadismo institucional é inerente às leis, regras, costumes, políticas e práticas institucionais que restringem oportunidades e prejudicam indivíduos em razão da idade. Já o interpessoal permeia as relações entre indivíduos. Por fim, a internalização do idadismo refletindo negativamente contra si próprio.

Preconceitos que sirgem ao longo da vida 4t1n34

Ao longo da vida de uma pessoa, este preconceito assume diferentes formas: um jovem pode enfrentar situações como ridicularização, isolamento social e não ser levado a sério, já um indivíduo com idade avançada pode ser rotulado como inapto e tivesse prazo de validade para permanecer no meio institucional. Com isso, pode-se perceber uma falta de interesse, engajamento e compromisso do jovem, enquanto com o sujeito sênior há reflexo em insegurança financeira, isolamento social, tendência a usar contra si próprio ao acreditar em que lhe está sendo atribuído de negativo.

O resultado são profissionais que se veem em um beco sem saída ao se aproximarem dos 50 anos, sem a possibilidade de crescimento profissional ou de reinvenção. O estímulo a troca de profissionais seniores por mais jovens traz perda de conhecimento as empresas, e desconsidera o valor das décadas de experiencias. 

Até mesmo a aposentadoria compulsória deixa de fazer sentido quando pensamentos que profissionais com mais de 50 anos, provavelmente, ainda terão alguns anos produtivos pela frente.

Uma imagem irreal do 50+ 4r133l

A imagem do profissional de mais de 50 anos que se aposenta e a a aproveitar a vida doméstica é irreal: hoje, uma pessoa nesta idade está cheia de vitalidade e tem muito a contribuir com a sociedade, afasta-la do mercado de trabalho ou dificultar sua movimentação e crescimento gera impactos econômicos, sociais e mentais de curto e longo prazo, ou seja, agravando problemas de saúde na medida em que já autopercepção negativa em relação ao envelhecimento, que naturalmente vem carregado de limitações e declínio cognitivo, gerando um maior gasto para o cuidado com a saúde.

O Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz - Antonio Ivo de Carvalho publicou um artigo em que demonstra que em função da transição demográfica o Brasil enfrenta rápido processo de envelhecimento populacional. Segundo o estudo, em 1950 o número de idosos acima de 60 anos era de 2,6 milhões, ao o que em 2020 esse número saltou para 29,9 milhões com perspectiva de alcançar 72,4 milhões em 2100, ou seja, 40% do total populacional do Brasil.

A Organização Mundial de Saúde – OMS publicou, em 2021, o Relatório Mundial sobre o Idadismo, o qual está pautado em pesquisas e em conceitos definidos por renomados estudiosos sobre o tema. É endereçado aos responsáveis pela elaboração de políticas, profissionais liberais, pesquisadores, organizações de desenvolvimento e membros do setor privado e da sociedade 

Há recomendações e estratégias para o enfrentamento do etarismo com base em evidências sobre suas determinantes e impactos. Os focos de atuação para reduzi-lo são: (1) política e lei; (2) intervenções de contato intergeracional e (3) intervenções educacionais.

Uma nova realidade que precisa ser reconhecida 243n6w

O mercado de trabalho precisa adequar o modelo de trabalho à nova realidade social no Brasil e no mundo, especialmente após todas as mudanças decorrentes da pandemia de Covid-19, em que o modelo de trabalho sofreu profundas mudanças de ordem tecnológica e relacional. 

A idade definitivamente não pode ser requisita para contratação, chancela de competência ou de aptidão nem tampouco ao contrário.

A diversidade geracional nas empresas traz benefícios, segundo a American Association of Retired Persons – AARP, como maior produtividade, mais oportunidades de mercado, mais inovação, maior fortalecimento dos negócios, aumento do PIB, além de ser fator preponderante para a saúde financeira e sobrevivência.

Como em todo processo de mudança cultural, a diversidade geracional deve ser capitaneada, rotineira e incessantemente, pela alta gestão nas empresas, adotando processos e tecnologias, especialmente, dedicados à diversidade e cultura geracional visando alcançar a todos da organização e que lidam com ela de alguma maneira, direta ou indiretamente.

(*) Heloísa Mascarenhas é advogada e gestora jurídica com carreira corporativa generalista; Patrícia Punder é advogada e CEO da Punder Advogados.

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