Haddad cobra Câmara a revisar supersalários e aposentadoria de militares em meio a debate sobre IOF 482332
Na ocasião, o ministro respondia a um dos deputados sobre a intenção do governo de cortar gastos g3u4t
Haddad defende revisão de supersalários e aposentadoria de militares, vinculando a necessidade à contenção de gastos e destacando diálogo com a Câmara sobre reformas e contrapropostas ao aumento do IOF.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter firmado o compromisso com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de fazer uma reunião para discutir "o que está na mesa" e poderá ser alvo de reformas para melhorar a condição do orçamento federal. 345r3k
A fala foi feita em audiência com comissões de Finanças e Tributação e a de Fiscalização Financeira e Controle, nesta quarta-feira, 11.
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Haddad mencionou os supersalários e a aposentadoria de militares como alguns dos pontos que podem ser revistos, mas reforçou que é preciso que a Câmara esteja disposta a entrar na mesma briga que o governo. Na ocasião, o ministro respondia a um dos deputados sobre a intenção do governo de cortar gastos.
"Nós vamos enfrentar questão dos supersalários ou não? Nós vamos enfrentar a questão da aposentadoria dos militares ou não? Nós vamos enfrentar o problema dos cadastros dos programas sociais ou não? Ninguém mais do que a área economica deseja fazer esse encontro", disse o ministro.
O chefe da pasta iniciou a fala relembrando o encontro que teve com Hugo Motta no último domingo, 8, em que definiram uma contraproposta ao decreto original do governo que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
"Fizemos uma reunião de mais de 5 horas na casa de sua grande excelência, presidente da Casa, Hugo Motta. Vejo ele imbuído da melhor intenção de ajudar o Brasil, está alçando o debate público ao patamar em que ele merece estar", afirmou.
Antes, Haddad também falou sobre os gastos que não teriam sido firmados pelo governo, mas que precisam ser bancados por ele. Entre eles estão a expansão do Fundeb, que deve receber mais recursos até 2026, e o número de beneficiários incluidos no Benefício de Prestação Continuada (BPC) através da judicialização.
O ministro disse que ambos os programas eram "meritosos", "mas nós temos que encontrar o caminho de mantê-lo forte".