Guerra comercial: 63% das PMEs temem efeito do tarifaço de Trump 6l1v2f
Empresários brasileiros acreditam que terão fluxo de caixa impactado 67584x
63% das pequenas e médias empresas brasileiras temem os impactos da guerra comercial entre EUA e China, destacando dificuldades como fluxo de caixa, o a crédito e adaptação estratégica, com urgência de políticas públicas e capacitação empresarial.
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, intensificada pela escalada de tarifas impostas pelo presidente norte-americano, que já chegou a 245%, causou grandes mudanças no comércio global. A reação chinesa agravou a tensão entre as duas maiores economias e impactou diversos países ao redor do mundo, incluindo o Brasil. A disputa desorganizou cadeias de suprimento, forçou a renegociação de contratos e exigiu que empresas no mundo todo se adaptassem a um cenário de incertezas e custos mais altos. z231g
Para as empresas brasileiras, a guerra comercial deve representar tanto riscos quanto oportunidades. Por um lado, houve espaço para ocupar mercados antes dominados por produtos chineses, especialmente no setor de commodities e manufaturas básicas, mas desafios como alta nos custos, dependência de insumos importados, câmbio instável e dificuldades de adaptação comprometeram os resultados. Em um futuro próximo, a necessidade de reposicionar estratégias de compra e venda, encontrar novos fornecedores e ajustar margens de lucro pode pressionar ainda mais negócios que já lidavam com um ambiente interno desafiador, marcado por alta carga tributária e burocracia excessiva.
Uma pesquisa conduzida pelo Grupo X, hub de educação empresarial, com 550 pequenos e médios empresários de todo o Brasil, mostrou que, 63,6% relataram estar enfrentando sérios problemas com fluxo de caixa e teme que o problema se intensifique com as incertezas do mercado e da instabilidade provocada por essa nova configuração do comércio global, que pode impactar fortemente o Brasil. O dado evidencia o quanto os empresários estão preocupados com o impacto da guerra comercial. Muitas dessas organizações não possuem estrutura para lidar com flutuações abruptas na cadeia de suprimentos ou com oscilações constantes no câmbio, o que dificulta o planejamento financeiro e estratégico.
"O crédito empresarial, que já era um gargalo para o crescimento sustentável, vai ficar ainda mais inível diante de um cenário global imprevisível. E a dificuldade em obter financiamento compromete o funcionamento básico das empresas, que muitas vezes precisam escolher entre manter a operação ou investir em inovação", afirma Jorge Kotz, CEO da empresa.
Com margens de lucro cada vez mais apertadas e dificuldades crescentes de o a capital, os empreendedores estarão em um cenário onde serão obrigados a adotarem estratégias defensivas, muitas vezes sacrificando o crescimento para garantir a sobrevivência. A guerra comercial, ao reordenar fluxos comerciais e comprometer a estabilidade dos mercados, ampliou a sensação de insegurança no ambiente de negócios brasileiro.
"Os desafios enfrentados pelos empresários hoje são múltiplos: além da escassez de crédito, há uma pressão enorme por adaptação rápida e uma constante necessidade de rever processos, custos e até modelos de negócios. E com os efeitos da intensificação da guerra comercial, que logo farão parte da realidade dos empresários brasileiros, serão necessárias competências que nem sempre estão consolidadas, especialmente entre os pequenos empreendedores, que formam a base da economia nacional", destaca o CEO.
No Brasil, ela impõe uma necessidade urgente de políticas públicas voltadas para o fortalecimento das empresas, com foco na simplificação do o ao crédito, na redução de entraves burocráticos e no estímulo à competitividade.
“Nesse cenário, a capacitação empresarial se torna essencial para que empreendedores possam enfrentar os novos desafios e aproveitar as oportunidades que surgem mesmo em tempos de crise. O momento atual exige adaptação estratégica e visão de longo prazo para reposicionar o país em um cenário comercial internacional em constante transformação”, finaliza Kotz.
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