Novo IOF: veja como planejar viagens internacionais com menos prejuízo 67404t
Nova alíquota unificada de 3,5% para operações de câmbio afeta turistas e pode encarecer viagens ao exterior. 653028
A nova alíquota unificada de 3,5% do IOF para operações de câmbio encarece viagens internacionais, exigindo planejamento financeiro com estratégias como compras graduais de moeda, uso moderado de cartões e remessas para contas no exterior.
Desde a última sexta-feira, 23, quem está de malas prontas para o exterior deve refazer as contas: entrou em vigor a nova alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para transações de câmbio. 5a5y4v
A mudança unifica a cobrança em 3,5% para praticamente todas as formas de pagamento em moeda estrangeira --dinheiro em espécie, cartão de crédito, débito e cartões pré-pagos. Antes, essa taxa variava de 1,1% a 3,38%.
O impacto é direto no bolso de quem viaja. "As viagens internacionais encareceram 2,4% com a mudança da alíquota do IOF para operações de aquisição de moeda estrangeira em espécie e remessas de disponibilidade", explica Douglas Ferreira, especialista em câmbio da corretora Planner, ao Terra.
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Viajantes já sentem impacto no bolso 3d3x4p
A fisioterapeuta Thais Botelho Lima, de 25 anos, vai ao Chile no fim de junho e sentiu o impacto no planejamento da viagem.
"Com certeza vai impactar, pois encarece alguns custos, principalmente para a conversão da moeda", conta à reportagem.
Ela pretendia pagar a maior parte da viagem com débito e em espécie, mas agora considera usar mais o cartão de crédito.
"Como provavelmente vamos mudar a principal forma de pagamento em cima da hora, afeta também o orçamento quando voltarmos da viagem."
Além da reorganização financeira, a mudança desanima.
"Com certeza as novas regras reduzem o ânimo da viagem... sentimos que trabalhamos cada vez mais para o nosso dinheiro valer cada vez menos", desabafa Thais.
Como se programar com o novo IOF 5y642n
Para evitar sustos, Douglas recomenda uma combinação de estratégias simples: ir comprando moeda aos poucos, fazer preço médio e usar o cartão em situações pontuais. "A cotação para conversão no cartão de crédito é aplicada no dia da compra, o que pode ser arriscado se o mercado não estiver favorável." Além disso, com o novo IOF uniformizado, o cartão pré-pago ganhou competitividade.
A alternativa mais vantajosa para driblar as taxas em parte, segundo ele, é a remessa para uma conta internacional de mesma titularidade, visto que essa operação considera a taxa comercial, geralmente mais baixa do que a de turismo. "Quem tem conta no exterior pode até investir em ativos de baixo risco nos EUA e resgatar próximo à viagem", sugere. Nesse caso, o IOF cai para 1,1%, desde que a operação seja caracterizada como investimento.
Ainda assim, Douglas afirma que a compra de moeda em espécie vale a pena. "É sempre recomendável ao turista viajar e levar uma parte do valor em espécie para emergências". Por outro lado, o especialista alerta para erros comuns: comprar moeda de uma vez só após uma queda pontual ou deixar tudo para a última hora. "O mercado é volátil. O ideal é se proteger aos poucos e diversificar os meios de pagamento."
Com a mudança, cruzeiros e outros serviços pagos em dólar mesmo dentro do Brasil também ficam mais caros. Segundo Ferreira, haverá ree nos preços de pacotes e agens internacionais.