Script = https://s1.trrsf.com/update-1747831508/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Protecionismo só interessa a quem o propôs, diz Lula na Rússia em nova crítica a Trump 6k111q

Lula retoma ofensiva à política dos Estados Unidos e fala em parceria com russos em energia nuclear e minerais críticos 5e42p

10 mai 2025 - 07h07
(atualizado às 08h46)
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Lula criticou o protecionismo dos EUA, defendeu o multilateralismo e debaterá barreiras comerciais no Brics, além de buscar parcerias com a Rússia em energia e minerais e celebrar avanços na redução da desigualdade no Brasil.
Presidente disse que o Brasil defende o multilateralismo, que "humanizou o comércio entre as nações"
Presidente disse que o Brasil defende o multilateralismo, que "humanizou o comércio entre as nações"
Foto: Ricardo Stuckert / PR

ENVIADO ESPECIAL A MOSCOU - Em nova crítica à política comercial e à guerra tarifária do governo Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado, dia 10, que o protecionismo só interessa a quem o adota. 5h385n

"Querer voltar à teoria do protecionismo não interessa a ninguém, a não ser a quem propôs a ideia", disse Lula durante entrevista em Moscou.

Lula voltou a centrar críticas no presidente dos Estados Unidos, assim como fez em reunião com Vladimir Putin no Kremlin. O presidente falou a jornalistas minutos antes de decolar da capital russa, encerrando viagem ao país.

Segundo Lula, o Brasil está defedendo o multilateralismo, que "humanizou o comércio entre as nações". "Queremos um comércio mais flexível, mais justo, inclusive podendo fazer políticas para favorecer os países mais pobres", afirmou o presidente.

Lula criticou o abandono da OMC (Organização Mundial do Comércio) pelos EUA e a aposta em negociações bilaterais.

"A tentativa de fazer acordo país por país é jogar fora a essência do multilateralismo. Nós não aceitamos isso", disse o petista.

Lula assiste a desfile militar e entrega flores em túmulo do soldado desconhecido na Rússia:

O petista também disse que vai discutir, no Brics, a adoção de barreiras comerciais pelos EUA. A cúpula do grupo de países emergentes será realizada em julho no Rio.

O assunto também será pauta nos próximos dias durante viagem à China e encontro com o presidente Xi Jinping, líder do maior rival econômico de Washigton.

Lula afirmou que o Brasil não é "quintal" de ninguém - em resposta a uma expressão usada por autoridade do governo Trump em relação à América Latina - e disse que deseja ser tratado com respeito pelos EUA.

Parcerias com russos 1w1l1f

O presidente também revelou a intenção de discutir com o governo russo a pesquisa para exploração de minerais críticos no Brasil.

O Estadão apurou que, durante a reunião de Lula com Putin e ministros de Brasil e Rússia no Kremlin, o governo brasileiro expôs a intenção de comprar mais gás natural dos russos - que teriam estoques disponíveis por causa da interrupção de fornecimento à Europa -, bem como obter cooperação para construção de pequenos reatores nucleares a fim de usar em geração de energia.

De acordo com o presidente, a intenção do Brasil é formalizar acordos com empresas e o governo russos, a fim de garantir o fornecimento de energia elétrica sem interrupção, dada a volatilidade da produção de energia solar e eólica.

Lula disse que vai tentar equilibrar o comércio com a Rússia, para que ninguém seja prejudicado. Em 2024, as trocas atingiram US$ 12,4 bilhões, mas o Brasil ficou com saldo negativo de US$ 9,5 bilhões. O País importa mais diesel e fertilizantes - que deseja incentivar a produção local - e exporta mais carne bovina e café não torrado, mas os valores são díspares.

Lula celebrou ainda dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) - Rendimento de todas as fontes, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A desigualdade de renda no Brasil desceu a um piso histórico em 2024, em meio ao mercado de trabalho aquecido e à manutenção de programas sociais pelo governo. O rendimento mensal real domiciliar per capita subiu a um recorde de R$ 2.020, alta de 4,7% em relação a 2023.

"Estamos no caminho certo na medida de combater a fome, combater a pobreza, a desigualdade e aumentar o nível de renda do povo brasileiro. Todos os indicadores são extremamente positivos do ponto de vista da escalada de conquista social no Brasil. Isso é muito bom, porque vocês sabem que o sonho que unir o Brasil será um país com um padrão de classe média para todo o povo brasileiro. É esse o sonho que eu carrego quando eu penso em fazer política de distribuição de renda.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade