Tesouro capta US$ 2,75 bilhões com emissão de títulos em dólar no mercado internacional 6c472
Papéis têm prazos de vencimento de cinco e de dez anos 2k2i2t
BRASÍLIA - O Tesouro Nacional captou US$ 2,750 bilhões com emissão de títulos da dívida pública no mercado internacional, como antecipou o Estadão/Broadcast. Foram emitidos papéis em dólar, chamados de "bonds", com prazo de cinco anos, vencendo em 2030, e de dez anos, vencendo em 2035. b13u
O governo brasileiro emitiu US$ 1,5 bilhão em papéis de cinco anos, oferecendo retorno ao investidor de 5,68% ao ano. Esse título tem vencimento em 6 de novembro de 2030, com cupom de juros de 5,5% ao ano, cujo pagamento semestral será realizado a cada dia 6 dos meses de maio e novembro.
Já na reabertura dos bonds de dez anos, o Tesouro emitiu US$ 1,25 bilhão, pagando retorno ao investidor de 6,73% ao ano. Com essa emissão, o Tesouro ampliou em 50% o montante originalmente emitido, totalizando US$ 3,75 bilhões em circulação. Este título possui cupom de juros de 6,625% ao ano, cujo pagamento semestral é realizado a cada dia 15 dos meses de março e setembro.
A operação foi liderada pelos bancos BNP Paribas, Citigroup e Santander. A liquidação financeira ocorrerá em 11 de junho de 2025.
A emissão foi realizada ao preço de 99,237% do seu valor de face. "A forte demanda pela reemissão do título lançado há apenas quatro meses evidencia a confiança dos investidores na robustez e atratividade da dívida soberana brasileira", diz o órgão.
Segundo o Tesouro, a emissão atraiu interesse significativo de investidores, com um ápice de 240 ordens no livro de ofertas. A demanda superou em cerca de quatro vezes o volume emitido, a maior relação nos últimos sete anos, com o livro de ordens atingindo cerca de US$ 10,9 bilhões em seu pico.
A alocação final contou com expressiva participação investidores não residentes, sendo cerca de 87% oriundos da Europa e da América do Norte. A América Latina, incluindo o Brasil, respondeu por 11,6%.
De acordo com o órgão, a emissão reforça o importante papel da dívida externa para o alongamento do prazo médio da dívida, diversificação e ampliação da base de investidores. "Adicionalmente, corrobora o papel da Dívida Pública Federal externa no estabelecimento de benchmarks líquidos e na curva de juros soberana, como referência para futuras emissões de empresas brasileiras no exterior", diz a nota.
Já a emissão de um título com vencimento em cinco anos, na avaliação do órgão, contribui para "a redução do custo de financiamento e fortalece um ponto estratégico da curva, frequentemente utilizado como referência por emissores corporativos".
A última vez que o Tesouro fez uma emissão de cinco anos foi em 2020, com os Globals 2025 - a abertura se deu em junho daquele ano e a reabertura, em dezembro. As demais captações am de vencimentos de oito anos, com a grande maioria delas com prazo de dez anos.
