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F1: Não é somente o tamanho dos carros que atrapalha a ação 5d1k6w

Muita gente atribui a falta de ultraagens em Monaco e em outros circuitos simplesmente ao tamanho atual dos carros. Não é só isso.... 1c1r6i

25 mai 2025 - 08h16
(atualizado às 08h19)
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Treinos em Monaco: o tamanho dos carros atrapalham ação na pista, mas não é a unica desculpa para a questão
Treinos em Monaco: o tamanho dos carros atrapalham ação na pista, mas não é a unica desculpa para a questão
Foto: Pirelli Motorsport

Não é de hoje que muita gente vive ponto a culpa da falta de ação em Mônaco por conta do atual tamanho dos carros da F1. Vários especialistas encampam esta visão e colocam como o fator determinante para que a F1 não tenha tanta ação nos circuitos de rua mas também em tantos outros do calendário. 3h3gs

Embora se reconheça que o F1 atual seja uma verdadeira limousine, alcançando quase os 6 metros de comprimento e o próximo regulamento prevê uma ligeira redução nestes numeros, reduzir a questão simplesmente ao tamanho é querer forçar guardar um elefante dentro de uma caixa de fósforos.

Se tamanho de carro fosse a unica razão para a falta de ação de pista em Monaco, a F1 teria corridas sensacionais no Principado até meados dos anos 2000. Mas quem acompanha a categoria sabe que ultraar em Monaco sempre foi uma tarefa dificil. É atribuida a Nelson Piquet a definição de que "correr em Monaco é como andar de bicicleta na sala de casa".

Temos sempre que lembrar que os carros foram crescendo de tamanho principalmente para acomodar situações de segurança e reduzir velocidade. Com a introdução dos motores híbridos, o crescimento foi maior para poder acomodar a bateria, bem como os novos sistemas de recuperação de energia.

Outro aspecto para o crescimento dos carros foi a aerodinamica. Para atender às demandas técnicas, os engenheiros aram a fazer carros maiores para tentar compensar a perda de pressão aerodinâmica e mecânica feita continuamente pelos regulamentos. Dentro desta lógica, cada vez mais os carros tiveram áreas maiores de contato com o ar, seja através de superficies maiores ou aparatos colocados.

Isso tudo gera uma situação que a FIA tenta brigar não é de hoje: o tal do ar sujo ou turbulência. Isso impede que os carros andem juntos, pois o carro de trás perde estabilidade e adereência com o aquecimento dos pneus. A volta do efeito solo em 2022 foi mais uma tentativa para reduzir isso. Se conseguiu alguma coisa, mas o exército de técnicos dos times fizeram milagres.

Este era o quadro inicial da F1 da geração anterior e a atual. Nota-se que a intenção era deixar mais ar limpo atrás e aumentar a possibilida de dos carros andarem juntos
Este era o quadro inicial da F1 da geração anterior e a atual. Nota-se que a intenção era deixar mais ar limpo atrás e aumentar a possibilida de dos carros andarem juntos
Foto: F1

2026 temos a volta da redução de apoio aerodinamico para deixar os carros mais nervosos e tentar aumentar ultraagens...

Outros dois pontos que acabam por influenciar: a aderência mecanica (maior eficiencia de suspensões e pneus) e a eficiencia de frenagem. Este último a evolução é algo espetacular: um F1 hoje consegue parar em um espaço de 100 metros. Graças a freios de carbono e tecnologias de construção, os freios chegam a temperaturas próximas a 1000º C e pode se frear cada vez mais "dentro" das curvas. Isso faz com que se diiminua o espaço para que se possa retardar as freadas e assim mais ultraagens...

Os freios hoje são um fator que prejudicam as ultraagens pela sua extrema eficiencia
Os freios hoje são um fator que prejudicam as ultraagens pela sua extrema eficiencia
Foto: Brembo

De certa forma, tem uma categoria que hoje tem um carro que é tão grande quanto a F1, não é tão dependente de aerodinamica e a frenagem não é tão eficiente: ponto para a F-E. Embora tenha seus subterfugios como a Zona de Ataque (Attack Zone) e aumentar a diferença de potência entre os carros para aumentar as ultraagens, a F-E hoje tem elementos que acabam por tornar as provas mais movimentadas.

Tempos atrás, escrevi um artigo mostrando a comparação direta da F1 com a atual geração da F-E em Monaco e, se virmos os carros, as diferenças não são tão gritantes assim. E com base nestes aspectos é que nota-se a dinamica diferente entre as duas categorias no mesmo traçado.

Claro que as pistas também tem que se adequar. Mas hoje o problema reside mais nos carros do que nos traçados. No caso de Monaco, mudanças são necessárias não são de hoje. Outros traçados também merecem mudanças. Mas isso custa dinheiro e com taxas cada vez maiores sendo cobradas aos organizadores, qualquer investimento tem que ser muito bem pensado...

Em breves linhas, é isso. Não há um unico culpado e reduzir a um unico fator a falta de ultraagens e ação em pista é algo complicado, embora confortável.

Parabólica
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