Dia do Automóvel reforça a importância da mobilidade para PCD, mas futuro traz preocupações 72396x
Mesmo com avanços nas isenções, a reforma tributária poderá limitar direitos de pessoas com deficiência e dificultar o o a carros f1d26
O Dia do Automóvel, celebrado hoje, 13 de maio, não representa apenas a indústria e a tecnologia. Para pessoas com deficiência (PCD), simboliza liberdade, dignidade e independência social. Graças às isenções de impostos como IPI, ICMS, IPVA e IOF, o o ao carro ficou mais viável para milhões de brasileiros com deficiência (PCD). 2o5531
Essas isenções ajudaram a superar os limites do transporte público, que ainda é precário e, muitas vezes, pouco adaptado para atender pessoas com mobilidade reduzida. A liberdade de ir e vir é essencial para trabalhar, estudar, cuidar da saúde e participar da vida social. O carro facilita tudo isso para o PCD.
No entanto, segundo Michael Wesley Faquiano, Fundador do site Mundo do Automóvel para PCD, essa conquista está em risco. A falta de estabilidade nas regras de isenção gera insegurança para quem depende desse direito previsto por lei federal.
Com mudanças frequentes e burocracias crescentes, muitos relatam dificuldade para conseguir as isenções, o que compromete a autonomia e o bem-estar da pessoa com deficiência. A situação pode piorar com a reforma tributária aprovada, que entrará em vigor a partir de janeiro de 2026.
Segundo Michael, apesar do novo teto de isenção ter subido para R$ 200 mil, o benefício integral continua limitado a apenas R$ 70 mil. Na prática, essa mudança é ineficaz, já que atualmente não existe nenhum veículo zero quilômetro disponível por menos desse valor no mercado.
Outro ponto preocupante é a nova exigência de adaptações externas ao veículo, além das já oferecidas de fábrica. Com isso, a isenção deixa de considerar as necessidades reais da pessoa e a a depender das características do carro. Na prática, o benefício deixa de ser para o PCD e a a ser para o veículo. Estima-se que cerca de 95% das pessoas com deficiência, que hoje têm direito à isenção apenas por precisarem de câmbio automático, como é o caso de amputados da perna esquerda, perderão esse direito.
Isso representa um retrocesso social. Em vez de ampliar o o, a nova regra poderá excluir justamente quem mais precisa de autonomia para viver com dignidade. É fundamental que o governo reveja essas decisões, mantendo uma política fiscal que incentive a inclusão, com isenções justas, permanentes e realmente íveis ao PCD.
Neste Dia do Automóvel, vale lembrar: o carro, para muitos, não é luxo. É um direito de inclusão. É respeito. É liberdade garantida pela mobilidade.