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"Sem direito a desistir", revela pioneira no rally Sertões 4n5j2h

Moara Sacilotti, primeira mulher a dirigir moto no maior rally das Américas, falou com exclusividade ao Papo de Mina v5h48

27 jul 2022 - 13h51
(atualizado às 13h51)
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Moara Sacilotti é um símbolo de pioneirismo e resistência. Primeira mulher a dirigir uma moto no Rally dos Sertões, maior prova automobilística nas Américas, ela começou a competir no motocross em 1987, aos 7 anos, e ouviu, desde sempre, que não iria conseguir. Com apoio do pai, também piloto de motocross, Moara persistiu e hoje reconhece a responsabilidade que carrega ao subir na moto. 196yx

"Agora estou indo para o 22º [Rally dos Sertões] e sem pensar se eu vou fazer 22, 23 ou 30, tanto faz", afirma Moara Sacilotti
"Agora estou indo para o 22º [Rally dos Sertões] e sem pensar se eu vou fazer 22, 23 ou 30, tanto faz", afirma Moara Sacilotti
Foto: Arquivo pessoal

Em entrevista exclusiva ao Papo de Mina, ela revela como está a preparação para a sua 22ª participação no Rally dos Sertões, na edição que será a maior já realizada, conta detalhes da carreira, os principais desafios e expectativas já vividos em todos estes anos de esporte a motor. Ela ainda explica sobre o projeto Musa no Sertões, iniciativa para inspirar a participação de outras mulheres não só nos esportes a motor, mas a serem felizes com suas próprias escolhas.

Confira a entrevista completa com a pioneira do motocross no Rally dos Sertões, Moara Sacilotti:

Papo de Mina: Como o motocross surgiu na sua vida">Moara: Eu costumo falar que nasci andando de moto. Comecei no motocross quando eu tinha sete anos, meu pai corria de motocross, então eu e meu irmão crescemos na pista, vendo ele correr. Na época, tinha a categoria feminina no motocross e eu queria ser igual a elas. Já comecei competindo, meu pai me deu a motinho, fiz alguns treinos, aprendi a andar e já teve uma corrida infantil nos intervalos das baterias do mundial de motocross de 1987, em Campos do Jordão. Eu tive a oportunidade de correr logo de cara e fiquei apaixonada, achei muito legal competir e nunca mais quis parar. Também sempre andei muito de moto com meu pai, minha mãe também ia muito na garupa dele, nunca fazendo trilha difícil, mas uns eios aqui na Serra da Mantiqueira ou na Serra do Mar. E o Ramon, meu irmão um pouquinho mais novo, começou dois anos depois de mim, e a gente nunca mais parou. 

Moara começou a pilotar aos 7 anos, incentivada pelo pai
Moara começou a pilotar aos 7 anos, incentivada pelo pai
Foto: Arquivo pessoal

Papo de Mina: Como foi ser a primeira mulher a competir no Rally dos Sertões numa moto">Moara: Eu tô numa super ansiedade, porque eu tô me preparando desde que acabou o Sertões ado. Estou treinando muito o físico desde janeiro, treinei um pouco menos com a moto esse ano do que eu treinei o ano ado, mas eu acho que isso até que é bom para eu já não chegar atacando, começar mais na manha e, aos poucos, ir crescendo na prova. Isso porque, como vai ser muito longo, se descuidar, você cai, machuca, quebra a moto. Tem que saber controlar bem a ansiedade, mas eu espero sim fazer deste o melhor Sertões da minha vida. Eu quero mesmo é ganhar na categoria Over 45 com os homens, porque eu ainda não venci com os homens, venci já na feminina nos anos que teve. Mas, se eu completar sem penalizações e ainda conseguir um pódio, eu já vou ficar muito feliz. 

Objetivo de Moara é vencer o Sertões numa categoria masculina
Objetivo de Moara é vencer o Sertões numa categoria masculina
Foto: Arquivo pessoal

Papo de Mina: Grande parte dos atletas do automobilismo encerra a carreira com menos tempo de carreira que você. Depois de mais de vinte anos, o que a mantém no esporte">Moara: Eu ainda quero vencer o Sertões entre os homens na categoria, é isso que eu quero e ainda não consegui. Sobre correr o Rally Paris-Dakar, é uma coisa que eu não tenho vontade, eu sei que todo mundo quer saber desse assunto, sempre me perguntam, mas é uma coisa que eu não tenho vontade de fazer, acho que eu tinha, 20 anos atrás, agora, já ou. Mas vencer o Sertões numa categoria masculina é um trofeuzinho que ainda está faltando e eu vou continuar perseguindo.

Papo de Mina
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