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"A medicina está cara, porque os nossos profissionais estão despreparados", diz secretário de Saúde de São Bernardo do Campo n2e6w

9 mai 2025 - 17h30
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O infectologista Jean Gorinchteyn, secretário municipal de Saúde de São Bernardo do Campo, criticou a formação médica no Brasil durante palestra no Seminário LIDE - Saúde, realizado nesta sexta-feira (9), em São Paulo. O evento, organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), reuniu nomes do setor público e privado para discutir saúde, inovação e os rumos do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao abordar os principais entraves da assistência pública, o médico do Hospital Albert Einstein afirmou: "A medicina está cara, porque os nossos profissionais estão despreparados." 4q4z33

O secretário municipal de Saúde de São Bernardo do Campo, Jean Gorinchteyn
O secretário municipal de Saúde de São Bernardo do Campo, Jean Gorinchteyn
Foto: Reprodução/LIDE - Grupo de Líderes Empresariais / Perfil Brasil

A fala ocorreu na Casa LIDE, sede do grupo empresarial, durante cujo tema foi "O novo papel e as perspectivas do SUS". Empresários, autoridades e especialistas participaram da discussão. A proposta era identificar soluções para fortalecer o sistema público diante de problemas estruturais persistentes.

Segundo Gorinchteyn, a formação dos profissionais impacta diretamente nos custos do atendimento e na qualidade da assistência oferecida à população. "A qualidade que faz a medicina ser cara e a vida ser barata, fazendo com que a gente gaste cada vez mais, muito mais dinheiro com uma assistência pouco qualificada", afirmou.

Falta de recursos na assistência pública 6b482y

De acordo com o secretário, faltam recursos para manter programas, implementar tecnologias e garantir o universal. Ele pontuou que muitos municípios não conseguem arcar com tratamentos de alto custo e, muitas vezes, atuam com pouca ou nenhuma integração de dados entre as unidades. "Ou eu tenho sistemas que não se falam, ou hospitais que não me trazem o mínimo de informação", disse.

Com experiência nas gestões estadual e municipal, Gorinchteyn destacou a importância de investir na atenção primária como forma de aliviar a sobrecarga do sistema. Ele citou números de São Bernardo do Campo para ilustrar o cenário: "Encontramos, vergonhosamente, uma fila de 97 mil pessoas para exames, consultas e cirurgias."

Ao abordar a prevenção, o médico fez um alerta sobre o crescimento das doenças crônicas. Defendeu políticas voltadas à saúde dos jovens e disse que, sem isso, os impactos serão irreversíveis. "Se nós não fizermos com que os nossos jovens tenham o direito à saúde, teremos mais de 50% da população obesa em 10 anos, isso vai impactar onde? No SUS, que não tem dinheiro", alertou.

Além da gestão de recursos, ele criticou o uso de exames caros, como ressonâncias magnéticas, e defendeu uma regulação mais eficaz. "Será que a gente está indicando ressonância para todo mundo? Estamos errando na indicação?", questionou.

Ao final de sua fala, Gorinchteyn provocou os presentes com uma crítica ao setor de saúde suplementar, ao apontar a falta de estímulo à prevenção pelos planos privados: "Eu quero saber qual é o plano de saúde [...] que convida o beneficiário para um check-up anual. Sabe por quê? Porque vai detectar alguma coisa."

Perfil Brasil
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