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Comunidade de Caraíva (BA) se reúne em protesto por morte de morador durante ação policial

'Erro dele foi ter a mesma cor de quem era procurado', disse a mãe de Victor Cerqueira, que tinha 28 anos e morreu no último sábado, 10

13 mai 2025 - 13h50
(atualizado às 14h21)
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Resumo
Moradores de Caraíva (BA) protestam pela morte de Victor Cerqueira, guia turístico de 28 anos, durante operação policial; família e comunidade alegam erro, abusos e racismo, pedindo investigação do caso.
Victor Cerqueira tinha 28 anos
Victor Cerqueira tinha 28 anos
Foto: Reprodução/Instagram

Moradores da comunidade de Caraíva, famoso destino turístico no sul da Bahia, se reuniram para protestar contra a morte do guia turístico Victor Cerqueira Santos Santana, de 28 anos, ocorrida no último sábado, 10, durante uma operação da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), feita com o apoio das polícias Federal, Civil e Militar.

Em nota, a SSP-BA informou ter localizado o líder de uma facção criminosa em Caraíva, identificado como Alongado. Ele tinha mandado de prisão em aberto, mas teria resistido e acabou morrendo em confronto com os policiais. No local, a SSP disse que havia um homem apontado como "segurança" do traficante, que também foi atingido e não resistiu aos ferimentos. Esse homem seria Victor.

Segundo a família, porém, Victor foi confundido com outro homem, chamado João Vitor, que teria o mesmo apelido que ele, "Vitinho". Essa outra pessoa teria mandado de prisão em aberto e seria o suposto segurança do traficante Alongado. De acordo com a família de Victor Cerqueira, porém, ele continua solto.

O jovem que morreu teria saído para buscar dois hóspedes e levá-los para uma pousada quando se deparou com a operação policial. 

"Abordado, rendido e algemado, Vitinho foi encontrado morto no hospital em Trancoso, com evidências de tortura e um disparo. Testemunhas afirmam que ele já estava sob controle policial quando foi assassinado", diz relato publicado em uma página dedicada a cobrar justiça pela morte do jovem. 

Trancoso e Caraíva são ambos distritos pertencentes ao município de Porto Seguro. Os moradores de Caraíva protestaram na segunda-feira, 12, e abriram um abaixo-assinado virtual em que pedem, dentre outras coisas, a instauração de um inquérito policial com acompanhamento do Ministério Público. Até o momento, a SSP-BA não informou se o caso será investigado internamente. 

Ainda segundo a família, a polícia ocultou provas sobre o abuso de autoridade. "Pouco antes da operação, as câmeras da travessia do rio foram desligadas, e agentes apreenderam imagens das câmeras dos estabelecimentos comerciais da região, dificultando o esclarecimento dos fatos", dizem os familiares, em nota enviada à imprensa.

Em publicações em seu perfil no Instagram, a mãe do jovem morto, Luzia Cerqueira, disse que o filho não tinha envolvimento com o crime organizado. "O erro dele foi ter a mesma cor de quem era procurado", afirmou, acrescentando que Victor Cerqueira não tinha agens pela polícia.

Ainda segundo os apelos da comunidade, inclusive, Victor teria ido a uma delegacia dias antes da operação, para dar queixa por ter sofrido racismo, o que comprovaria a narrativa dele não ter antecedentes criminais.

Fonte: Redação Terra
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