Mulher se atrasa para exame, não pega ônibus e descobre que veículo foi atingido por avião em SP: 'Livramento' 3s3u3y
Sirlene Marcelino pegaria ônibus na Barra Funda, mas decidiu ir a pé até o local de seu exame 474r18
O atraso para fazer o exame demissional, na manhã desta sexta-feira, 7, foi visto por Sirlene Marcelino, de 51 anos, como um livramento. Era para a ex-gerente de negócios pegar o ônibus que foi atingido pelo avião que caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, em São Paulo. No entanto, ela decidiu ir a pé, pois o tempo era de 15 minutos e pensou que, assim, chegaria mais rápido. 3g3344
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Enquanto caminhava para o prédio onde faria o exame, escutou a explosão. "Não deu tempo nem de ver. Estava muito focada no prédio [que ia], não cheguei a ver o avião caindo. Só vi a hora que ali subiu uma nuvem preta e aquele cheiro imenso de combustível com óleo diesel. Eu só olhei pra trás e fiz uma oração. Achei que fosse um prédio ou um caminhão que tivesse explodido", afirma ela ao Terra.
Quando chegou ao local onde faria o demissional, soube que o acidente envolvia um avião, que atingiu um ônibus. Justamente o coletivo que pegaria no Terminal da Barra Funda para poder ir fazer seu exame. "Eu acho que eu sou um livramento, tenho certeza que eu sou um livramento de Deus. Ele tem me dado muitos sinais", diz com os olhos cheios de lágrimas e voz embargada.
Sirlene diz que, além de decidir não pegar o ônibus que se envolveu no acidente nesta manhã, escapou de outro acontecimento que foi notícia nacional. Ela estava em Salvador (BA) na semana ada, mas descobriu que havia ado em quatro concursos públicos em São Paulo e precisou voltar à capital para fazer o demissional.
Quando já estava na capital paulista, soube da queda da Igreja São Francisco de Assis, no Pelourinho, em Salvador, na tarde da última quarta-feira, 5. "A mesma igreja que eu estava semana ada. Então, eu sou um milagre por várias vezes, sei que Deus tem uma história muito forte para mim. E eu me compadeço com a família do piloto e desse advogado", declara.
Questionada se conhecia as vítimas, Sirlene esclareceu que não, mas disse que o advogado Márcio Louzada Carpena esteve no prédio em que ela trabalhava, nesta quinta-feira, 6. No local, há um conglomerado de empresas, e a mulher trabalhava em uma delas. A vítima, por sua vez, esteve na Enel, responsável pelo fornecimento de energia elétrica da capital paulista, e que está localizado no edifício.
A reportagem do Terra confirmou que a vítima esteve no prédio da Enel, na Avenida Tamboré, conforme uma postagem feita por ele no Instagram.
Quem era o advogado 5e284m
De acordo com as informações divulgadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Sul, o copiloto era Márcio Carpena, advogado, palestrante e professor de direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Porto Alegre.
Carpena, como era conhecido, era casado com Francieli Rozales e deixa três filhos. Nas redes sociais, ele dizia que ajudava e motivava pessoas a "verem o mundo de uma forma diferente", além de "buscar auxiliar na construção de uma sociedade mais doce, verdadeira e próspera".
Entre 2003 e 2009, ele presidiu a Academia Brasileira de Direito Processual Civil.
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A aeronave decolou do Aeroporto Campo de Marte por volta das 7h15, caiu na avenida pouco tempo depois, bateu em um ônibus e pegou fogo. O avião tinha como destino Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Segundo o Corpo de Bombeiros, duas pessoas que estavam dentro da aeronave morreram no local -- o piloto e o copiloto. Além disso, seis pessoas ficaram feridas, duas delas de forma mais grave: um motoqueiro que foi atingido por uma peça e uma senhora que estava no interior do ônibus atingido pelo avião ao cair. Quatro vítimas leves foram socorridas para hospitais da região.
No local, a reportagem do Terra sentiu um cheiro forte de combustível e também viu destroços do avião nos arredores. As vias que ficam nas proximidades do lugar do acidente foram interditadas.
As autoridades ainda não informaram as possíveis causas do acidente. Mas a Força Aérea Brasileira (FAB) disse que investigadores já foram acionados para a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias.
"A conclusão dessa investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes."
