Padre brasileiro esconde cálice usado pelo papa Leão XIV em máquina de lavar por medo de furto 3n6h6u
Pároco de igreja onde o pontífice celebrou missa em 2012 é recém-chegado e não sabia quem tinha a cópia da chave da sacristia 723i39
O padre Tarcísio Mesquita, pároco da Paróquia São Carlos Borromeu, em São Paulo, contou ao Terra que escondeu o cálice usado pelo papa Leão XIV em uma máquina de lavar por medo de furto. O pontífice esteve na capital paulista algumas vezes, e chegou a celebrar uma missa na paróquia em dezembro de 2012. 551n6d
O objeto, recipiente em que se consagra o vinho durante a missa, fica guardado em um armário na chamada sacristia, espaço dentro da paróquia onde ficam objetos, paramentos e utensílios litúrgicos. Na tarde de quinta-feira, 8, depois que o Vaticano anunciou Leão como o novo papa, Tarcísio achou melhor esconder o objeto, com medo de que fosse furtado.
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"Quando olhei as fotos da missa, vi que era o mesmo cálice. Pensei: 'Agora o cara ficou notório. Não dá para deixar aqui, senão nome.' Como sou novo aqui na paróquia, não sei quem tem cópia dessa chave", conta Tarcísio.
"Pensei: 'E agora, onde deixo esse cálice?' Então, resolvi guardá-lo dentro da máquina de lavar. Tudo isso muito respeitosamente", acrescenta o padre, ressaltando que depois pediu para trocar a chave da sacristia.
À época em que Leão celebrou a missa, a paróquia seguia a vertente agostiniana, ou seja, pertencia à ordem de Santo Agostinho --hoje, a igreja pertence a Arquidiocese de São Paulo, ou seja, é diocesana. O papa faz parte da comunidade agostiniana e, por 12 anos, foi o superior-geral da ordem, o cargo de liderança mais alto dentro da instituição.
Em 1948, a Paróquia São Carlos Borromeu, antes uma capela, foi desmembrada da Paróquia São José do Belém e escolhida pelos Agostinianos para ser a Casa Canônica dos Religiosos Agostinianos da Província de Castela. Em 1972, a igreja foi inaugurada em celebração eucarística presidida pelo cardeal da Arquidiocese do Estado de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns.