Campos minimiza pouco crescimento nas pesquisas eleitorais 3k553u
Marina Silva, candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos, recebeu 20 milhões de votos na eleição de 2010 2f5m5w
O candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, minimizou nesta segunda-feira o fato de ainda não ter conseguido atrair parte dos votos que a ex-senadora Marina Silva, vice em sua chapa, obteve nas últimas eleições. 4q2p38
Campos disse que "não existe essa coisa de transferência de voto", ao ser questionado se havia uma "frustração" com o seu patamar de preferência do eleitorado.
"Você não tem um voto dentro de uma caixa e leva como se fosse uma mudança, que você arruma a roupa dentro de uma mala e leva. Não é assim", disse o candidato em sabatina organizada pelo site de notícias G1.
Campos ocupa o terceiro lugar nas pesquisas eleitorais recentes, oscilando em torno dos 10% das intenções de voto.
Este é o mesmo patamar ocupado por Marina na mesma época na última corrida presidencial, mas na reta final da campanha de 2010, no entanto, a ex-senadora deu uma arrancada e recebeu quase 20 milhões de votos.
Ao ter fracassado em sua tentativa de criar um partido político para concorrer às eleições deste ano, Marina aliou-se a Campos e ao PSB, sob a expectativa de que pudesse transferir parte dos votos obtidos em 2010 para o socialista.
Durante a entrevista desta segunda, o candidato do PSB afirmou que, se eleito, reduzirá o número de ministérios pela metade, proposta semelhante à do segundo colocado nas pesquisas da corrida ao Planalto, o tucano Aécio Neves.
No caso da Petrobras, estatal que é alvo de duas Is no Congresso Nacional, Campos disse que pretende levar regras "claras" para a empresa e uma "direção profissionalizada".
"A primeira medida será blindar a Petrobras da interferência política", disse.
O candidato aproveitou para negar, após ser questionado por internauta durante a sabatina, que tenha "mudado de lado", uma vez que até setembro do ano ado o seu partido integrava a base de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff.
Tanto o candidato como sua vice, aliás, foram ministros na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Economia
No âmbito econômico, Campos voltou a defender que haja maior independência do Banco Central e disse que seu governo respeitará o tripé macroeconômico - câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário.
Ele não poupou críticas à atual condução econômica e afirmou que é necessário haver rigor com as contas públicas.
"Na hora que tivermos um Banco Central independente, um conselho de responsabilidade fiscal do País para garantir o equilíbrio fiscal, o esforço fiscal para trazer a inflação para o centro da meta, os juros vão entrar, por articulação dessas políticas, numa descendente e o câmbio vai para o lugar certo", afirmou.
Campos voltou a prometer que fará, se eleito, uma reforma tributária que não onere a produção nem a criação de empregos formais, posicionando-se ainda a favor da taxação de grandes fortunas no País. Tal reforma seria feita, explicou o candidato, de maneira fatiada e aliada a um fundo de transição para evitar impactos às contas da União, de Estados e municípios.
O socialista afirmou ainda que sua equipe estuda uma medida para o fator previdenciário, mecanismo usado no cálculo das aposentadorias dos trabalhadores.
"É preciso um olhar para rever o fator previdenciário, sim", disse Campos, acrescentando que até o final da campanha apresentará detalhes sobre as medidas que pretende tomar sobre o assunto.
