Ex-chefe de segurança de Dilma desaprova nova proteção de Lula com PF e GSI 66686a
Depois de ataques golpistas em Brasília, presidente dividiu até o fim de junho a responsabilidade pela sua segurança 304nk
A suspeita de facilitação, envolvimento e/ou omissão de militares nos ataques golpistas de 8 de janeiro fez com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dividisse a responsabilidade pela proteção de sua integridade física entre o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e um novo órgão. 2qf3j
Com o decreto 11.400/2023, Lula transferiu na semana ada o trabalho de garantir sua “segurança imediata” para a nova Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, que não responde ao GSI e é vinculada diretamente ao seu gabinete pessoal. Essa proteção "imediata" ou a ser feita por policiais federais, sem militares, e é chefiada pelo delegado Alexsander Castro Oliveira, que foi o responsável pela sua segurança na campanha e é especializado no combate a facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O novo órgão vai assumir a segurança imediata de Lula até 30 de junho, porque esse foi o prazo estimado para tirar bolsonaristas do GSI e testar a confiança dos novos funcionários do ministério, que é historicamente responsável pela segurança de presidentes.
Até lá, o GSI continua responsável por diferentes tarefas e responsabilidades da segurança do presidente e de seus familiares. Continuam acompanhando de perto o presidente dentro e fora do Palácio do Planalto. Mas os seguranças mais próximos fisicamente de Lula am a ser, na maioria, policiais federais da nova secretaria.
Entre os policiais sobram críticas à necessidade de militares atuarem na segurança do presidente.
Só que o fato de existirem dois órgãos responsáveis pela segurança presidencial não foi bem-visto por alguns militares. Em entrevista à coluna, o general Marcos Antônio Amaro dos Santos, ex-chefe da Secretaria de Segurança Presidencial de Dilma Rousseff, desaprovou a dupla responsabilidade pela proteção do presidente.
“A dupla reponsabilidade não atende a um dos fundamentos da segurança presidencial, que é a unidade de comando. Não é uma coisa interessante quando você divide a responsabilidade. Dificulta”, afirmou o general da reserva à coluna.
“Se der um problema, quem é o responsável">** A primeira versão dessa reportagem informou erroneamente que Amaro chefiou a Secretaria de Segurança Presidencial de Lula, mas ele, na verdade, trabalhou em outras funções no GSI durante o primeiro governo Lula. E só chefiou a Secretaria de Segurança Presidencial no governo Dilma Rousseff.