INSS fará ressarcimento de aposentados e pensionistas via benefício, diz presidente 5e436j
Os valores indevidamente descontados de aposentados e pensionistas envolvidos em uma fraude no Instituto Nacional do Seguro Social serão devolvidos diretamente no pagamento do benefício. A informação foi confirmada nesta terça-feira (6) pelo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, durante entrevista à rádio CBN. 323sx
"Será feito via benefício, via conta do benefício. Nada de Pix, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco", afirmou o dirigente. A devolução ocorrerá por meio de uma folha suplementar — sistema usado para pagamentos fora da folha principal. O valor será creditado na mesma conta onde os segurados recebem os benefícios mensais.
"Da mesma conta que ele recebe, o seu benefício previdenciário vai ser depositado. Por isso eu peço, é para todos, não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade", alertou o presidente.
Como o INSS pretende evitar novos golpes? 4t1p34
A orientação vem num momento em que golpistas estão se aproveitando da situação para enganar os beneficiários. Aposentados relataram abordagens por telefone e aplicativos de mensagens, em que criminosos se am por servidores do INSS. As tentativas de golpe incluem falsas promessas de devolução dos valores, com pedidos de dados pessoais.
O novo presidente também revelou que o plano de ressarcimento está em fase final e deve ser apresentado até a próxima semana.
Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou celeridade na solução do caso. Ainda assim, o pagamento aos prejudicados não começou.
A fraude que desencadeou a devolução de valores envolveu entidades sindicais que cadastraram beneficiários sem autorização. As organizações descontaram mensalidades diretamente dos pagamentos do INSS. A estimativa oficial aponta que cerca de 4,1 milhões de pessoas foram atingidas, com prejuízo calculado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
O que revelaram as investigações? 3w4k6m
De acordo com a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, entidades envolvidas no esquema pagavam propina a servidores do INSS em troca de o aos dados dos segurados.
Entre os indícios identificados estão cadastros simultâneos em várias entidades e autorizações em lote para descontos, sem consentimento individual.
Na esteira do escândalo, Carlos Lupi, então ministro da Previdência Social, pediu demissão na sexta-feira (2). Segundo avaliação interna do governo, houve omissão do ministro. Uma apuração do Jornal Nacional revelou que os primeiros alertas chegaram a Lupi ainda em junho de 2023, mas ele só tomou medidas quase um ano depois.
Outro nome citado nas investigações é o de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS indicado por Lupi. Ele foi demitido após a deflagração da operação policial e é alvo da coleta de provas pela Polícia Federal.
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