1ª eleição para juízes no México tem baixa participação popular 5j1ov
Críticos chamam medida do governo de 'ditadura da toga' 5u756
O México foi às urnas no último domingo (1º) para eleger ao menos metade dos magistrados de todos os níveis no país, incluindo os da Suprema Corte. Com baixíssima participação eleitoral, a iniciativa, que foi muito criticada, deve anunciar os resultados ainda nesta segunda-feira (2). 526w2f
Na Cidade do México, milhares de pessoas marcharam em protesto da icônica Coluna da Independência até o Monumento da Revolução, convencidas de que as eleições para juízes são a porta de entrada para "uma ditadura da toga".
Após a votação, a presidente da República, Claudia Sheinbaum, elogiou a medida, afirmando que agora "o México é o país mais democrático do mundo".
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE), o comparecimento às urnas foi mais baixo do que o previsto, com estimativas entre 12,57% e 13,32%, representando cerca de 13 milhões de votos.
Quase 50 mil candidatos disputaram os mais de 2,6 mil cargos federais e regionais, incluindo 386 juízes distritais, 464 juízes de apelação, cinco juízes para o Tribunal Disciplinar Judicial, dois juízes para o Tribunal Eleitoral, nove membros para o Supremo Tribunal e 15 chefes das câmaras regionais do Tribunal Eleitoral.
Outras 4 mil vagas serão preenchidas em 2027. A expectativa é que os resultados sejam anunciados nesta segunda-feira.
As eleições de magistrados, surgidas na reforma judiciária do antecessor de Sheinbaum, Andrés Manuel López Obrador (2018-2024), foram criticadas como uma manobra do partido governamental Morena de tentar controlar a magistratura, além de abrir portas para a influência do narcotráfico no setor.
