Meta e Apple estão sob 'fogo cruzado' dos EUA e da Europa 1l182k
Os jornais ses desta quinta-feira (24) analisam as relações de Donald Trump com as grandes empresas de tecnologia americanas, um dia depois da União Europeia estabelecer multas de € 500 milhões e € 200 milhões de euros, à Apple e à Meta, respectivamente, por concorrência desleal e violação de regras de uso de dados pessoais. 353k25
Os jornais ses desta quinta-feira (24) analisam as relações de Donald Trump com as grandes empresas de tecnologia americanas, um dia depois da União Europeia estabelecer multas de € 500 milhões e € 200 milhões de euros, à Apple e à Meta, respectivamente, por concorrência desleal e violação de regras de uso de dados pessoais. 353k25
Apesar das tensões entre os Estados Unidos e a Europa, como lembra Les Echos, a Comissão Europeia anunciou na quarta-feira (23) as primeiras sanções financeiras baseadas no novo regulamento de plataformas digitais (DMA), que entrou em vigor no ano ado. Para o jornal, as gigantes da tecnologia estão "sob fogo cruzado".
A Apple foi multada por restringir a possibilidade dos desenvolvedores de aplicativos de informar aos usuários que poderiam se beneficiar de tarifas mais vantajosas fora de sua loja. A prática é considerada um entrave à concorrência e à livre escolha dos consumidores, de acordo com o Executivo europeu.
Já a Meta, foi sancionada por impor um modelo do tipo "consentir ou pagar", entre março e novembro de 2024, que não permitia aos usuários ter o a uma alternativa gratuita de seus aplicativos Facebook e Instagram, sem o compartilhamento de dados.
As duas empresas informaram que vão apelar da decisão.
Nos Estados Unidos, a Apple continua cautelosa em relação às tarifas sobre seus iPhones produzidos na China. Enquanto isso, a Justiça americana concluiu que o Google abusou de seu domínio no mercado de publicidade digital e mecanismos de busca. Esta decisão de 17 de abril abre caminho para medidas antitruste contra a empresa.
Mark Zuckerberg, da Meta, por sua vez, é acusado de ter comprado o Instagram e o WhatsApp com o único objetivo de sufocar concorrentes perigosos de seu principal aplicativo, o Facebook.
Empresas sozinhas diante da Justiça 4g1k73
Apesar dos esforços para se aproximar do presidente americano, incluindo doações milionárias para sua posse em Washington, Trump está deixando os chefes das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos se virarem sozinhos com seus problemas com a Justiça. Para o jornal francês Libération, o objetivo do chefe de Estado é fortalecer seu controle sobre eles.
"Populista astuto", o presidente americano não tem interesse político em mostrar clemência com os CEO das gigantes da tecnologia, odiados por seus eleitores e prefere esperar o veredicto dos tribunais para então extorquir a fidelidade total das empresas à sua presidência, acredita o jornal.
Para Le Figaro, os anúncios de investimentos nos Estados Unidos da Apple e da Nvidia, empresa que produz de chips usados para treinar modelos de inteligência artificial, exibidos por Donald Trump como troféus políticos, não permitirão a repatriação das cadeias de fornecedores da Apple e outras empresas de tecnologia da Ásia.
A realocação de tecnologia não pode ser "decretada", diz o jornal. O setor depende de uma cadeia de suprimentos extremamente fragmentada, explica a publicação.
O design dos produtos é desenvolvido nos Estados Unidos, mas os chips são fabricados principalmente em Taiwan, usando máquinas projetadas na Europa. Os componentes vêm da China ou de seus vizinhos, onde existe um ecossistema completo de fornecedores. A montagem, no entanto, continua sendo uma atividade que exige muita mão de obra e é difícil torná-la lucrativa em outros lugares. Sem contar a mobilização de 300 mil trabalhadores anualmente para produzir milhões de unidades de um novo iPhone em um prazo muito curto.
A cadeia de fornecimento do principal produto da Apple depende da China para 90% de sua produção, lembram especialistas entrevistados pelo Le Figaro. Mudar toda essa rede é um sonho, salienta o jornal, mas levaria mais de dez anos, no mínimo, e faria os custos do produto explodirem.