Trump parte para Roma com a frustração das negociações de paz na Ucrânia ainda no horizonte 4u4j6f
O presidente americano Donald Trump e a primeira-dama, Melania Trump, embarcam para Roma nesta sexta-feira (25), às 8h30 da manhã pelo horário local, para participar do funeral do papa Francisco, que será realizado no sábado (26). Esta será a primeira viagem internacional do presidente desde que voltou à Casa Branca, em janeiro. 35k1b
O presidente americano Donald Trump e a primeira-dama, Melania Trump, embarcam para Roma nesta sexta-feira (25), às 8h30 da manhã pelo horário local, para participar do funeral do papa Francisco, que será realizado no sábado (26). Esta será a primeira viagem internacional do presidente desde que voltou à Casa Branca, em janeiro. 35k1b
Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova York
Em publicação na plataforma Truth Social, Donald Trump escreveu: "Estamos ansiosos para estar lá", expressando a sua intenção de prestar homenagem ao pontífice. O funeral do Papa Francisco poderia virar palco de negociações.
Trump parte para Roma carregando na bagagem a frustração pela estagnação nas negociações de paz em torno da Ucrânia. O presidente americano expressou indignação com o recente ataque russo a Kiev. Porém, em uma reviravolta, culpou a Ucrânia pela paralisia no processo de negociações.
Após uma reunião pouco produtiva entre o Secretário de Estado americano, Marco Rubio, e representantes ucranianos em Londres, uma nova rodada de conversas está marcada para esta sexta-feira (25), desta vez em Moscou.
Agenda em Moscou 7352s
Todas as atenções estão voltadas para o encontro previsto entre o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, e o presidente russo, Vladimir Putin, nesta sexta-feira, na capital russa. A reunião pode representar um ponto de virada nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, embora ainda haja muitas incertezas no horizonte.
A iniciativa ocorre em meio à frustração crescente do presidente dos Estados Unidos com a falta de avanços concretos e ao desejo da Casa Branca de apresentar o seu plano de paz como solução definitiva para o conflito.
Nos bastidores, no entanto, o ambiente diplomático continua tenso. A cúpula sobre a Ucrânia realizada nesta semana em Londres foi abalada pela saída de representantes dos EUA de última hora e pelo ime em torno da proposta americana, que inclui o reconhecimento informal da anexação da Crimeia pela Rússia — algo que Kiev rejeita veementemente. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que ainda não recebeu um plano formal dos EUA e reiterou que qualquer acordo que envolva a cessão de território seria inconstitucional e inaceitável para o país.
Rússia diz estar pronta para negociar 2s5m6s
Na véspera do encontro, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou em entrevista à emissora americana CBS News que Moscou está pronta para firmar um acordo de paz com relação à guerra na Ucrânia. Segundo ele, as conversas com os Estados Unidos estão "seguindo na direção certa".
Em trechos da entrevista ao programa Face the Nation, que irá ao ar no domingo, Lavrov disse: "A declaração do presidente Trump menciona um acordo e estamos prontos para alcançá-lo. Ainda há alguns pontos específicos — elementos deste acordo — que precisam ser ajustados."
Trump demonstra descontentamento com o fracasso das negociações 3n4d1g
A frustração do presidente americano diante do fracasso das negociações de paz é crescente. Após o ataque russo a Kiev na quinta-feira, que matou ao menos 12 pessoas — o presidente dos EUA demonstrou publicamente irritação com a Rússia, algo raro em seu discurso. "Não gostei da noite ada. Não fiquei feliz com isso, estamos em meio a conversas de paz, e mísseis foram disparados", disse ele ao lado do primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Store, em reunião na Casa Branca.
Trump responsabilizou a Rússia pelo fracasso nas negociações, mas de forma moderada. Apesar do tom crítico, Trump voltou a afirmar que acredita que Moscou fez uma "concessão significativa" ao não tentar ocupar todo o território ucraniano. Para ele, o simples fato de a Rússia "parar a guerra" já representa um grande avanço.
O mandatário americano foi mais duro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ele acusou Zelensky de prolongar o conflito ao não aceitar o plano de paz proposto pelos EUA — plano que, segundo fontes diplomáticas ouvidas pela CNN, prevê a cessão da maior parte dos territórios tomados pela Rússia.
Na Casa Branca, Trump disse estar colocando pressão na Rússia, mas evitou responder se imporá novas sanções, dizendo apenas: "Perguntem de novo na semana que vem".
Trump quer um acordo de paz até o marco simbólico de seus 100 primeiros dias de governo, que serão completados na semana que vem. Ele afirmou que ambos os lados — Rússia e Ucrânia — precisam sentir a pressão e saber que "precisam entregar resultados".
A posição da Otan 2r1f3z
Após reunião com Trump na Casa Branca, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, afirmou que os aliados europeus continuam vendo a Rússia como uma ameaça de longo prazo.
Rutte avaliou de forma positiva o papel dos Estados Unidos nas negociações de paz sob a liderança do presidente Donald Trump. Segundo o secretário-geral da Otan, o encontro realizado em Londres, na terça-feira anterior, demonstrou avanços concretos e indicou que o ime vinha sendo superado.
Ele destacou que, na sua visão, a atuação dos EUA não representa um fracasso diplomático, mas sim uma oportunidade real de alcançar um desfecho positivo para o conflito, graças à condução do governo Trump.