Cerca de mil soldados reservistas da Aeronáutica de Israel denunciam em carta aberta uma 'guerra sem fim' 64402c
Apesar da pressão da hierarquia militar, um grupo de quase 1.000 reservistas do exército israelense denuncia uma guerra sem fim em Gaza. A crítica foi feita por meio de uma carta pública divulgada quinta-feira (10). Os militares exigem o retorno dos reféns, mesmo que isso signifique o fim da guerra contra o Hamas. b1j1e
Apesar da pressão da hierarquia militar, um grupo de quase 1.000 reservistas do exército israelense denuncia uma guerra sem fim em Gaza. A crítica foi feita por meio de uma carta pública divulgada quinta-feira (10). Os militares exigem o retorno dos reféns, mesmo que isso signifique o fim da guerra contra o Hamas. b1j1e
Com informações de Aabla Jounaïdi, enviada especial da RFI a Jerusalém, e agências
Vários jornais israelenses divulgaram a carta dos reservistas, que não é a primeira do tipo. No entanto, o número de signatários deste documento - 970 - causa impacto.
Após ameaças para impedir sua publicação, o Estado-Maior e o Ministério da Defesa de Israel decidiram se desligar dos reservistas atualmente mobilizados. "Com o pleno apoio do Chefe do Estado-Maior, o Comandante da IAF (Forças Aéreas Israelenses) decidiu que todo reservista ativo que assinou a carta não poderia continuar a servir", declarou a autoridade à agência AFP.
De acordo com esses reservistas, a guerra agora serve a "interesses políticos e pessoais". Um argumento frequentemente ouvido entre a oposição política e alguns parentes de reféns. Para o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, os signatários são "extremistas marginalizados".
Foco na libertação dos reféns 3k1d3z
No entanto, essa carta não faz um apelo a uma recusa geral de servir o Exército, de acordo com os militares que a am. Ela solicita ao governo israelense que priorize a libertação dos reféns em vez de continuar a guerra: "A continuidade da guerra", dizem os signatários, "resultará na morte dos reféns, dos soldados e dos civis inocentes."
Vários reservistas já haviam se recusado a retornar a Gaza, onde especialistas da ONU afirmaram que os métodos de guerra israelenses "correspondem às características de um genocídio".
No mês ado, dois soldados israelenses que protestavam contra a retomada dos bombardeios foram enviados de volta a Israel pela chefia.