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Considerado conservador, candidato a papa do Sri Lanka proibiu presença de mulheres no altar o3o50

Malcolm Ranjith é conhecido por ser crítico do socialismo e influente no debate público de seu país, manifestando-se contra a corrupção 3tg6e

5 mai 2025 - 11h12
(atualizado às 12h29)
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Dom Malcolm Ranjith e papa Francisco durante encontro ocorrido em 2022
Dom Malcolm Ranjith e papa Francisco durante encontro ocorrido em 2022
Foto: Divulgação/Vatican News

O arcebispo de Colombo, Sri Lanka, dom Malcolm Ranjith, pode se tornar o novo líder da Igreja Católica a partir da próxima quarta-feira, 7, quando começa o conclave para eleger o sucessor do papa Francisco.  514se

O cardeal de 77 anos, que é candidato a se tornar o primeiro papa asiático da história moderna, representando a ala conservadora da Igreja, antes mesmo de ascender ao trono petrino, coleciona algumas polêmicas durante a sua vida eclesial. 

“Nenhuma garota deve ser convidada para servir ao altar, como coroinha, na arquidiocese”, escreveu dom Ranjith em uma carta de 22 de outubro aos párocos que se tornou público em dezembro de 2024. 

“Devem ser sempre rapazes porque essa é uma das principais fontes de vocações para o sacerdócio”, diz a carta. “Como as mulheres não podem ser ordenadas, tomamos essa decisão”, completa. 

As mulheres do país enfrentam diariamente uma misoginia cultural enraizada. No Sri Lanka, espera-se que as mulheres se tornem esposas e mães. Em 2019, elas representavam apenas 33,5% da força de trabalho do país, de acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). No Parlamento, elas são menos de 10%.

Embora a função de coroinha tenha sido tradicionalmente reservada aos rapazes, a então congregação, atual dicastério para o Culto Divino (colegiado católico responsável por organizar o culto religioso) disse em março de 1994 que bispos têm permissão para permitir que meninas exerçam essa função.

No entanto, o dicastério acrescentou que a decisão sobre ter ou não garotas coroinhas é determinada por “cada bispo, em sua diocese”, que pode “fazer um julgamento prudencial sobre o que fazer, com vistas ao desenvolvimento ordenado da vida litúrgica em sua própria diocese”.

Posicionamento político  p3229

Quando tinha 12 anos, o cardeal Malcolm Ranjith foi às ruas protestar contra a nacionalização das escolas católicas que havia sido determinada pelo governo socialista de seu país, o Sri Lanka. Essa experiência o marcou por toda a vida, inclusive em sua trajetória eclesiástica.

Ranjith ainda é crítico do socialismo, ao mesmo tempo em que defende o que chama de capitalismo ético, mais inclusivo e sem grandes discrepâncias entre a população. Com frequência faz comentários sobre a política local, criticando casos de corrupção que, segundo ele, espalharam-se por todo o país devido a "práticas econômicas equivocadas".

Nomeado cardeal pelo papa Bento XVI, em 2010, Ranjith é influente no debate público de seu país, que tem maioria budista. Em 2022, chegou a pedir a renúncia do então presidente, Ranil Wickremesinghe, que lidava com protestos devido a uma grave crise econômica.

Caso seja eleito papa, o cardeal pode rever posicionamentos de Francisco em temas sensíveis: Ranjith é favorável à pena de morte em casos extremos e tem opiniões inflexíveis quanto à eutanásia e ao casamento homoafetivo, manifestando-se de forma contrária à legalização e à aceitação dessas iniciativas.

Quem será o próximo papa? 733064

A decisão sobre quem será o próximo papa pode ter um impacto profundo na Igreja Católica e nos 1,4 bilhão de católicos romanos batizados ao redor do mundo.

Pelas regras atuais do conclave, um cardeal precisa receber dois terços dos votos do colégio eleitoral para se eleger. Do total de 252 cardeais, 135 têm menos de 80 anos e são votantes. 

Nos últimos 12 anos, o papa Francisco nomeou 80% dos 135 cardeais aptos a votarem no conclave que agora elegerá o novo chefe da Igreja Católica. Esse movimento, embora não garanta, aumenta a possibilidade de que a próxima liderança papal irá compartilhar da visão de uma Igreja mais progressista e inclusiva.

Atualmente, os candidatos mais fortes para herdar o trono são os cardeais: Pietro Parolin, que foi secretário de Estado do Vaticano sob o pontificado de Francisco; Luis Antonio Gokim Tagle, que pode se tornar o primeiro papa asiático; Fridolin Ambongo Besungu, visto como conservador; e Peter Erdo, também conservador que já foi eleito duas vezes presidente da Conferência Episcopal Europeia.

Vaticano encerra luto pelo papa Francisco:
Fonte: Redação Terra
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