Rússia reivindica tomada de cidade na Ucrânia; Kiev deve participar de reunião da Otan 4e334i
O exército russo anunciou nesta quarta-feira (4) a captura de mais uma cidade na região de Sumy, no nordeste da Ucrânia. A localidade fica na fronteira com a Rússia, onde Moscou reivindica avanços na frente de combate. Kiev diz temer uma grande ofensiva na região. Enquanto na frente diplomática, o Secretário-Geral da organização, Mark Rutte, confirma o convite feito a Kiev para participar da próxima reunião da Aliança Militar do Atlântico Norte, a Otan. 563m3u
O exército russo anunciou nesta quarta-feira (4) a captura de mais uma cidade na região de Sumy, no nordeste da Ucrânia. A localidade fica na fronteira com a Rússia, onde Moscou reivindica avanços na frente de combate. Kiev diz temer uma grande ofensiva na região. Enquanto na frente diplomática, o Secretário-Geral da organização, Mark Rutte, confirma o convite feito a Kiev para participar da próxima reunião da Aliança Militar do Atlântico Norte, a Otan. 6h3l4l
Em comunicado, o Ministério da Defesa russo declarou que Kindrativka, cidade localizada a cerca de três quilômetros ao sul da fronteira russa, foi "libertada".
O Kremlin ainda afirmou que o ataque realizado na véspera pela Ucrânia na ponte da Crimeia, que liga a península anexada por Moscou ao território russo, não causou danos, limitando-se a se referir ao ataque como uma "explosão".
Na terça-feira (3), o Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) assumiu a responsabilidade por um ataque à ponte, que já foi alvo de várias ofensivas desde fevereiro de 2022. Kiev alegou ter causado "danos graves", enquanto um vídeo não autenticado mostrou uma explosão subaquática perto de um pilar da ponte.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou nesta quarta-feira que "de fato houve uma explosão". Mas "nada foi danificado, a ponte está funcionando", acrescentou, durante sua coletiva de imprensa diária.
Inaugurada em 2018, a ponte de 19 quilômetros de extensão é, para as autoridades russas, um dos símbolos da anexação da Crimeia, em 2014. As autoridades russas aumentaram significativamente a vigilância do local, o que permite o envio de tropas e equipamentos militares para a Crimeia anexada.
Kiev acusa Rússia de fazer "ultimato inaceitável" 1o7152
Os termos de paz propostos por Moscou durante as negociações em Istambul na segunda-feira (2) são "ultimatos" inaceitáveis para a Ucrânia, denunciou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky nesta quarta-feira.
A Rússia exige que Kiev retire suas tropas das quatro regiões ucranianas que alega ter anexado. "Este é um ultimato inaceitável que a Rússia está nos enviando", declarou o presidente ucraniano durante uma coletiva de imprensa.
Zelensky declarou estar pronto para uma cúpula com Putin, Trump e Erdogan "a qualquer momento".
Ucrânia participa de cúpula da Otan 274i4
A Ucrânia está convidada para a cúpula da Otan, programada para acontecer em Haia de 24 a 26 de junho, anunciou o Secretário-Geral da aliança militar, Mark Rutte, nesta quarta-feira, antes de uma reunião dos ministros da Defesa do grupo em Bruxelas.
"Convidei a Ucrânia para a cúpula. Publicaremos o programa com mais detalhes assim que possível", disse Mark Rutte aos jornalistas, sem especificar se o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky estaria presente.
O convite da Ucrânia para a próxima cúpula em junho foi feito a pedido de Zelensky. Ele afirmou que o contrário representaria uma vitória para o presidente russo, Vladimir Putin.
A questão da adesão da Ucrânia à Otan é um assunto sensível e uma linha vermelha para Moscou, que exige, como parte das negociações diretas entre as duas partes, que Kiev aceite o status de neutralidade.
Além disso, Mark Rutte também afirmou que a Otan fortalecerá suas capacidades de dissuasão e defesa, estabelecendo novas metas ambiciosas. "Esses objetivos definem as forças e capacidades concretas que todos os aliados devem fornecer para fortalecer nossa dissuasão e defesa. Defesa aérea e antimísseis, armas de longo alcance, logística e grandes formações de manobra terrestre estão entre nossas principais prioridades", disse Rutte.
A Otan estabelece uma meta de gastos com defesa de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), meta alcançada por 22 dos 32 Estados-membros da aliança. Porém, muitos líderes têm pressionado para aumentar essas metas, considerando que a Rússia se tornou uma ameaça muito maior após a invasão da Ucrânia, em 2022.
(Com AFP)