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Israel relembra 80 anos da descoberta de campos de concentração do Holocausto e promete libertar reféns do Hamas 5f1k6m

Neste 24 de abril de 2025, Israel parou em memória dos seis milhões de judeus e judias mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Como todos os anos, nesta data, o país relembra a descoberta dos campos de concentração em 1945, o Holocausto. 3h58o

24 abr 2025 - 12h45
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Neste 24 de abril de 2025, Israel parou em memória dos seis milhões de judeus e judias mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Como todos os anos, nesta data, o país relembra a descoberta dos campos de concentração em 1945, o Holocausto. 3h58o

Israelenses fazem dois minutos de silêncio em memória aos 6 milhões de judeus assassinados pelo nazismo. Na foto, as ruas de Jerusalém. (24/04/2025)
Israelenses fazem dois minutos de silêncio em memória aos 6 milhões de judeus assassinados pelo nazismo. Na foto, as ruas de Jerusalém. (24/04/2025)
Foto: © MENAHEM KAHANA / AFP / RFI

Com informações da correspondente da RFI em Jerusalém, Amira Souilem, e da AFP

Momentos antes das 10h (horário local), um tom solene tomou conta das ruas de Jerusalém. De repente, sirenes soaram por todo o país. Por dois minutos, todos os pedestres e veículos ficaram paralisados, em homenagem aos seis milhões de judeus mortos pelo nazismo. As pessoas saíram das lojas e foram para suas varandas, os motoristas saíram de seus carros nas ruas adornadas com bandeiras israelenses.

Desde quarta-feira, todos os canais de rádio e televisão transmitem depoimentos, documentários e filmes dedicados ao genocídio. A celebração começou à noite com uma cerimônia no memorial Yad Vashem, com a presença de alguns sobreviventes judeus da perseguição nazista entre 1933 e 1945.

Com uma longa barba, um quipá na cabeça e um sorriso, apesar do contexto, Yisrael Campbell, ator e guia do memorial do Holocausto Yad Vashem, prefere enfatizar a recuperação dos judeus depois do Holocausto. "No memorial, dizem que o Estado de Israel existe apesar do Holocausto e não por causa do Holocausto. Embora um terço da população judaica mundial e dois terços dos judeus europeus terem sido mortos. Mesmo assim, conseguimos criar um Estado, e isso é maravilhoso", afirma ele.

Em sua jaqueta, ele tem o número "566" pregado, "o número de dias que os reféns aram no inferno", explica, em referência aos reféns israelenses mantidos pelo grupo Hamas na Faixa Gaza, desde o ataque sem precedentes a territórios israelenses, em 7 de outubro de 2023.

A situação atual, da guerra em curso há mais de 18 meses, está nos pensamentos de todos. "Meu nome é Shaked, tenho 26 anos. Temos irmãos e irmãs — 59 pessoas — que sofrem um holocausto todos os dias em Gaza e o mundo faz vista grossa. Espero que o mundo acorde e não permita que este holocausto continue", disse a jovem.

Netanyahu promete derrotar Hamas 4b1u5x

No dia anterior, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu discursou na esplanada do memorial, com um tom beligerante. "Qualquer um que temesse que, após o massacre de 7 de outubro, enfrentaríamos outro Holocausto, pode ver como viramos o jogo", disse ele. "Neste Dia da Memória do Holocausto, prometo: a pressão militar sobre o Hamas continuará. Destruiremos todas as suas capacidades, traremos de volta todos os nossos reféns, derrotaremos o Hamas e impediremos que o Irã obtenha armas nucleares", prometeu Netanyahu.

Entretanto, várias ONGs, como a Anistia Internacional, e líderes internacionais, como o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, acusam Israel de cometer genocídio em Gaza. Os palestinos em Israel contatados pela reportagem preferiram não comentar o significado deste dia de lembrança.

Ainda hoje, o presidente israelense, Isaac Herzog, deve participar da marcha anual em memória do Holocausto na Polônia, a Marcha dos Vivos, no local do antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, no sudoeste do país. De acordo com a Autoridade de Direitos dos Sobreviventes do Holocausto, 120.507 sobreviventes dessas perseguições ainda vivem em Israel hoje, um número que diminuiu quase 10% desde abril de 2024.

Ao menos 25 mortos em Gaza 4p1v16

Enquanto isso, em Gaza, pelo menos 25 pessoas, incluindo seis membros da mesma família, foram mortas em novos ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza na manhã de quinta-feira. Uma casa foi atingida no norte da Cidade de Gaza, matando um casal e seus quatro filhos, conforme anunciaram a Defesa Civil palestina e fontes hospitalares.

Um hospital indonésio em Jabalia informou que recebeu os corpos de nove vítimas após um bombardeio israelense em uma delegacia de polícia na cidade palestina do norte. O exército israelense confirmou, em um comunicado, ter realizado um ataque na região de Jabalia, especificando que o alvo era "terroristas que operavam em um centro de comando e controle do Hamas e da Jihad Islâmica".

Os serviços de resgate também relataram cinco mortes em outros dois ataques: dois mortos no bombardeio de uma tenda para deslocados em Khan Yunis (sul) e outros três, incluindo uma criança, em um ataque em Al-Zawaida (centro).

Também em Khan Yunis, o Hospital Nasser anunciou que recebeu os restos mortais de duas vítimas após um ataque à casa de uma família. Imagens da AFP do local mostraram pessoas apagando as chamas causadas pelo bombardeio e outras inspecionando os escombros com tochas. "Estávamos sentados pacificamente quando o míssil caiu (...) Eu simplesmente não entendo", disse a testemunha Mohammed Faris.

O Hospital dos Mártires de Al-Aqsa informou que recebeu três corpos após um ataque a uma tenda para deslocados no campo de Nuseirat (centro). Quebrando uma trégua de quase dois meses na guerra que começou há mais de um ano e meio, Israel retomou sua ofensiva aérea e terrestre na Faixa de Gaza em 18 de março, onde pelo menos 1.978 palestinos foram mortos desde então, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

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