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Político ucraniano pró-Rússia é assassinado na Espanha bp32

Andriy Portnov era opositor de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia 735n2i

21 mai 2025 - 12h07
(atualizado às 15h19)
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Jurista de formação, Portnov foi um dos protagonistas da resposta do então governo ucraniano à revolta de Maidan
Jurista de formação, Portnov foi um dos protagonistas da resposta do então governo ucraniano à revolta de Maidan
Foto: DW / Deutsche Welle

Andriy Portnov, de 51 anos, foi morto com vários tiros diante de uma escola nesta quarta-feira, 21, em Madri, na Espanha. Ele foi um dos mais importantes assessores de Viktor Yanukovych, um antigo aliado de Putin e que foi presidente da Ucrânia entre 2010 e 2014. 686gf

De acordo com vários meios de comunicação espanhóis, ele tinha acabado de deixar seus filhos no Colégio Americano de Madri, uma escola americana localizada na elegante área residencial, quando foi morto.

Por volta das 9h15 (horário local), Portnov se preparava para entrar no seu carro quando vários homens se aproximaram e o atingiram ao menos três vezes com disparos na cabeça e nas costas. Os autores dos tiros fugiram e são procurados pela polícia.

Opositor do atual presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Portnov foi um dos mais importantes assessores de Yanukovych. Hoje, Yanukovych vive no exílio na Rússia, após fugir da Ucrânia em meio à onda de protestos que ficou conhecida como Euromaidan.

Portnov foi investigado por corrupção e violação de direitos humanos, tendo sido alvo de sanções por parte da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos.

Quem era Portnov? 24p2f

Jurista de formação, Portnov foi um dos protagonistas da resposta do então governo ucraniano ao levante popular de 2014, contra a aproximação à Rússia, que ficou conhecido como a "revolta de Maidan".

Portnov teria se envolvido, de acordo com a imprensa ucraniana, na elaboração da legislação aprovada em 16 de janeiro de 2014 pelo parlamento ucraniano para conter os protestos de rua que começaram em novembro do ano anterior, quando Yanukovych decidira não um acordo de associação com a UE para não desagradar a Rússia.

À época, Yanukovych, conhecido pelo estilo de vida opulento e recorrentes acusações de corrupção, era denunciado por adversários como um "fantoche" de Putin.

Em novembro de 2013, Yanukovych havia anunciado a suspensão, por pressão de Moscou, do acordo de associação com a UE - dependente da aplicação de um pacote de medidas, incluindo privatizações e reforma das leis trabalhistas - justificando que ele prejudicaria a Ucrânia.

A decisão desencadeou uma onda de protestos que durou meses. Mais de duas centenas de pessoas morreram nas manifestações, que incluíram confrontos de rua entre os manifestantes e forças de segurança e resultaram na queda de Yanukovych, em fevereiro de 2014.

Portnov, Yanukovych e outros altos funcionários daquele governo fugiram da Ucrânia para buscar refúgio na Rússia, diante da crescente pressão das ruas. De acordo com várias publicações ucranianas, Portnov mais tarde mudou-se para Viena.

Sanções dos EUA b3c5i

Segundo o meio de comunicação ucraniano Hromadske, que Portnov processou no ano ado por apontar seu suposto papel na tomada da Crimeia pela Rússia, o ex-assessor de Yanukovych foi um dos 18 ucranianos sancionados pela UE por corrupção e violações de direitos humanos em 2014.

Portnov foi, no entanto, removido dessa lista de sanções um ano depois por decisão do Tribunal de Justiça Europeu. Ao contrário de outros altos funcionários da era Yanukovych - como o próprio ex-presidente, que tem várias condenações à revelia na Ucrânia - Portnov permaneceu em contato com sua terra natal, chegando a retornar a ela em 2019.

Em 2021, foram os Estados Unidos que impam sanções contra ele, desta vez por "alegações confiáveis de uso de sua influência" para corromper os tribunais e "minar os esforços para reformar" a Ucrânia.

Série de crimes na Espanha z6z61

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, ocorreram diversos crimes de alto perfil relacionados à Rússia e à Ucrânia na Espanha, que possui comunidades significativas de expatriados de ambos os países.

Em 2022, um funcionário público espanhol aposentado enviou seis cartas-bomba a alvos em toda a Espanha, incluindo o primeiro-ministro Pedro Sánchez, as embaixadas ucranianas e americanas e escritórios governamentais. Ele foi condenado e preso pelos crimes no ano ado.

Em fevereiro de 2024, um piloto russo que havia desertado para a Ucrânia com seu helicóptero foi encontrado morto com múltiplos ferimentos de bala no estacionamento de seu prédio perto de Alicante, no sudeste da Espanha.

*Com informações da EFE, AFP, Reuters

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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