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O que se sabe sobre a doença de Joe Biden, ex-presidente dos EUA? 3b386q

O diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) explica que, se diagnosticada precocemente, com exames periódicos preventivos como o toque retal, procedimento que dura sete segundos, a doença tem mais de 90% de chances de cura, geralmente com cirurgia ou radioterapia 2s6y3r

21 mai 2025 - 15h37
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O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi diagnosticado com uma versão agressiva do câncer de próstata. Segundo o porta-voz do Governo dos EUA, ele não se submeteu a nenhum exame para detecção da doença por mais de uma década. 234w

Joe Biden
Joe Biden
Foto: depositphotos.com / gints.ivuskans / Perfil Brasil

"O último exame conhecido do presidente Biden foi em 2014. Antes de sexta-feira, o presidente Biden nunca havia sido diagnosticado com câncer", afirmou.

Câncer de Próstata: os avanços e desafios da doença z4f5m

O câncer de próstata representa 29% de todos os casos de câncer no sexo masculino no Brasil, com aproximadamente 66 mil novos diagnósticos e quase 16 mil mortes por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A doença é responsável por 10% das mortes em pacientes homens no País. No mundo, é o quarto tipo de câncer mais incidente, representando 7,3% do total de novos casos, atrás dos cânceres de pulmão (12,4%), mama (11,6%), colorretal (9,6%), e à frente de câncer de estômago (4,9%).

Na maioria dos casos, a doença apresenta evolução lenta e bons índices de controle quando diagnosticado precocemente. A realidade dos tratamentos tem ado por transformações significativas — especialmente nos casos mais avançados. Segundo o oncologista clínico André Deeke Sasse, diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a doença metastática é sensível à hormonioterapia, com prognóstico razoavelmente bom, expectativas de respostas de longa duração. Ele ressalva que o tratamento é permanente. "No geral, pacientes têm uma expectativa de vida longa. Quase sempre, isso significa alguns anos de controle da doença com tratamentos que interferem pouco na qualidade de vida, mas necessitam logicamente de uma avaliação intensa, em especial no começo do tratamento para verificar se a estratégia está funcionando", diz o diretor da SBOC. "Monitorização e controle no curto prazo são muito importantes."

Sasse explica que as células do câncer de próstata geralmente são sensíveis à testosterona. Ela funciona como um combustível, que sinaliza que a célula deve crescer e proliferar.  "Nessa fase, realizamos um tratamento que diminui a testosterona do homem, chamado de supressão hormonal. É um medicamento que faz os níveis no sangue da testosterona caírem". explica. "Os tratamentos são menos agressivos e a doença é controlável por mais tempo, diferentemente de quando é necessária a utilização de quimioterapia ou terapias mais agressivas."

Prevenção e diagnóstico precoce 6p3i2k

O panorama global apresenta desafios. Em muitos países, o diagnóstico ainda ocorre em fases avançadas, e há desigualdades marcantes no o a tratamentos modernos. No Brasil, a heterogeneidade do sistema de saúde e a falta de rastreamento organizado dificultam a detecção precoce, especialmente nas regiões mais vulneráveis. O especialista enfatiza que, se diagnosticada precocemente com exames periódicos preventivos como o toque retal - procedimento que dura sete segundos -, a doença tem mais de 90% de chances de cura, geralmente com cirurgia ou radioterapia. Um dos principais obstáculos na prevenção e detecção desse tumor, e de outros que afetam apenas a população do gênero masculino, é exatamente a falta de informação e, em muitos casos, o preconceito.

"A mensagem mais importante é que os exames de rastreio são uma ferramenta poderosa para o diagnóstico precoce e que o câncer de próstata tem tratamento e controle. Cada vez mais, a ciência aponta para caminhos mais eficazes e personalizados na linha de cuidado."

Novas estratégias Sasse comenta a chamada desintensificação terapêutica. A estratégia propõe regimes menos agressivos para determinados pacientes com câncer de próstata avançado, sem comprometer os resultados clínicos. "Estamos vivendo uma era de personalização do cuidado. A hormonioterapia intermitente, por exemplo, permite que o paciente faça pausas no tratamento, o que pode reduzir efeitos colaterais e preservar sua qualidade de vida", explica.

Evolução dos fármacos Além da desintensificação, novas drogas e tecnologias estão ampliando o arsenal terapêutico. Nos últimos anos, o tratamento do câncer de próstata avançado ou por uma evolução, com a chegada de terapias mais individualizadas, que agem de forma direcionada às características biológicas do tumor. Entre essas inovações estão os radiofármacos, como o Radium-223 e o Lutécio-177-PSMA, que combina a especificidade de um alvo molecular com a capacidade de destruir células tumorais por meio da radiação. Estudos como o VISION Trial, publicado no New England Journal of Medicine, demonstraram benefícios importantes em sobrevida e qualidade de vida com esse tipo de estratégia em pacientes que falharam a terapias hormonais. Outro avanço relevante envolve o uso de terapias-alvo baseadas em biomarcadores genéticos, como mutações em genes de reparo de DNA, especialmente BRCA1 e BRCA2.

"A SBOC defende políticas públicas que ampliem o o a exames, à biópsia e ao tratamento oncológico de qualidade, com foco na equidade. Além disso, é urgente fortalecer a formação dos profissionais da atenção primária, que estão na linha de frente do diagnóstico precoce", ressalta o oncologista. "Chamamos atenção para a importância da vigilância constante e do diagnóstico precoce. Ao mesmo tempo, reforçamos o debate global sobre como podemos tratar o câncer de próstata com mais eficácia e menos toxicidade", conclui o especialista.

 * Fonte: Assessoria 

Perfil Brasil
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