Entre junho e setembro, o Rio Grande do Sul registrou a agem de nove ciclones extratropicais. Segundo a Defesa Civil do Estado, as rajadas de vento de mais de 100 km/h e as chuvas intensas causaram enchentes e deixaram estragos em 106 municípios gaúchos. Ao menos, 49 pessoas morreram e outras 943 ficaram feridas. Mais de 392 mil habitantes foram afetados. 534y4v
A maior incidência foi registrada em setembro, com a agem de quatro ciclones extratropicais. Outros três foram formados em julho. Já nos meses de junho e agosto foram computados apenas um em cada. O fenômeno meteorológico estaria se tornando mais frequente no País?
Especialistas dizem que, por enquanto, não há dados que indiquem um aumento no número de ciclones que atingirem o Brasil. No entanto, há alguns indícios de que o fenômeno pode estar se tornando mais intenso por causa do El Niño e também das mudanças climáticas em curso no planeta.
Ciclones registrados entre junho e setembro no RS: 1w5v12
15 e 16 de junho
8 de julho
12 e 13 de julho
26 de julho
18 de agosto
4 de setembro
8 de setembro
13 de setembro
26 e 27 de setembro
Temporal leva leões-marinhos para o asfalto em cidade do Rio Grande do Sul:
O que é um ciclone extratropical">
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Extremo, quase uma bomba: 7 curiosidades sobre o El Niño, o 'vilão' do calor
É sabido que as chuvas tendem a se tornar mais intensas e mais frequentes no Sul do País em períodos de El Niño, o que pode levar à formação de mais ciclones."Estamos na época mais propensa à formação de ciclones, inverno e primavera; praticamente todo dia tem um ciclone em algum ponto do oceano", explicou o meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador de Operação e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). "A diferença, neste ano, é que tivemos uns dois ciclones formados sobre o continente (não sobre o oceano), isso é mais raro."Estabelecer a relação entre os ciclones e o El Niño ou mesmo as mudanças climáticas é difícil porque temos poucos dados sobre os ciclones. Segundo Seluchi só temos informações mais precisas e confiáveis dos últimos 30 anos, o que não é suficiente para uma série histórica de peso. A sensação de maior frequência dos ciclones também pode estar relacionada ao fato de que a detecção do fenômeno se tornou mais precisa nos últimos anos."Não temos estudos que mostrem uma maior frequência de ciclones associada ao El Niño ou ao aquecimento global.", sustenta o climatologista José Marengo, coordenador do Cemaden. "O fato é que os ciclones são comuns nessa região do Atlântico e que existe a possibilidade de que aumentem com o aquecimento global, mas ainda há muita incerteza." (*Com informações do Estadão)* Acompanhe mais notícias sobre o meio ambiente no Terra Planeta.
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